Redução da jornada de trabalho já!

No início da vida em sociedade, os homens, para sobreviverem, viviam do que a natureza lhes dava. Eram coletores e nômades. Com o desenvolvimento de habilidades com as mãos, passaram a usar objetos (arco, flecha, cerâmica, arado etc.) por eles criados com o fim de melhorar as suas condições de vida.

Com esses utensílios e com o desenvolvimento da agricultura e da domesticação de animais, deixaram de ser nômades e se estabeleceram em territórios. Começava, assim, a disputa por territórios e aí veio a surgir a propriedade privada, o que culminou com o surgindo, também, das classes sociais: os vencidos tornavam-se escravos, os vencedores, seus senhores. Surge, então, o trabalho escravo.

Hoje, fala-se muito que o trabalhador é livre para escolher o tipo de trabalho que quer, mas o trabalhador é submetido às leis trabalhistas, que só favorecem aos interesses da classe dominante (banqueiros, latifundiários, grandes empresários).

Está provado cientificamente que, em uma jornada de trabalho de 8 horas, 4 horas dessa jornada pagam as matérias-primas, o gasto com energia, o desgaste das máquinas e o salário do trabalhador; as outras 4 horas, o trabalhador trabalha de graça para o patrão: é o excedente da produção, é o trabalho não pago, e quando se prolonga a jornada de trabalho (hora extra), esta exploração aumenta ainda mais.

As centrais sindicais fizeram, em Brasília, na quarta-feira, manifestações pela jornada de 40 horas semanais, na 6ª Marcha da Classe Trabalhadora. E Sergipe teve representação (leia na matéria ao lado).

Segundo alguns economistas, com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, há condições de sobra para hoje se ter emprego para todos com uma jornada de trabalho de apenas 3 horas diária. E por que isto não acontece? Porque o que se produz hoje não é para satisfazer as necessidades humanas, e sim para as necessidades do mercado, para um lucro cada vez maior de uma minoria de grandes empresas globais.

Esta jornada só é viável em uma sociedade mais avançada, onde não exista a exploração do homem pelo homem, onde a produção e a apropriação das riquezas sejam socializadas, e só o sistema Socialista fará esta grande conquista para o trabalhador.

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