Áreas importantes da DESO estão abandonadas; algumas já foram tomadas por residências e lojas
Algumas coisas na DESO seguem inexplicáveis, e intoleráveis para um companhia de saneamento do porte dela. Que empresa abriria mão de áreas importantes do seu patrimônio a ponto de deixar o mato e o lixo tomarem conta ou permitir que sejam invadias para dar lugar a residências e comércio?
Pois o SINDISAN realizou algumas visitas técnicas a áreas da DESO na Região Metropolitana e se deparou com duas realidades que depõem contra a imagem da empresa e demonstram, no mínimo, negligência por parte de quem deveria zelar pelo seu patrimônio, já que são áreas estratégicas e de grande valor econômico.
Como exemplo, podemos citar as áreas das antigas ETAs da Barra dos Coqueiros, na sede do município e na Atalaia Nova, que estão completamente abandonadas, com o mato tomando conta e servindo de depósito de lixo e para atividades ilícitas, inclusive colocando em risco a vida de moradores e quem passa pela localidade. É preciso cercar, proteger a área, realizar a regularização fundiária, se necessária, e ver uma melhor destinação para ela no futuro.
Mais abandono
Outra situação gritante pode ser vista em Nossa Senhora do Socorro. Uma área considerável da ERQ Norte foi ocupada há alguns anos por famílias sem teto e nada foi feito para impedir a expansão da ocupação. O muro segue com vários pontos derrubados e servindo, também, de pastagem para cavalos e para atividades ilícitas, sendo considerada uma área perigosa para que passa por ela à noite.
A situação na lagoa de tratamento de esgotos dos Conjuntos Jardim I, II e III , naquele município, é outro caso de completo abandono por parte da DESO. Áreas foram invadidas e, em vários pontos, o muro foi derrubado para dar acesso a descarte de lixo e entulho, além da situação de assoreamento e da proliferação de plantas aquáticas que prejudicam o tratamento do esgoto.
Já no Conjunto Eduardo Gomes, em São Cristóvão, a situação da lagoa de tratamento de esgotos é tão grave quanto. Por anos seguidos, parte da área foi invadida para dar lugar a residências e lojas comerciais, além do assoreamento e proliferação de plantas aquáticas, comprovando o total descaso por parte de quem deveria zelar pelo patrimônio da empresa e pela qualidade no tratamento dos esgotos.
Até quando essa negligência com áreas valiosas para empresa continuará?