Funcionários e empresa são peças de uma mesma engrenagem
É triste constatar, mas é a pura realidade: há uma extrema falta de sintonia entre os interesses da DESO e uma parcela de seus funcionários, concursados ou não, passando, inclusive, por uma parte da sua direção. Talvez por falta de conhecimento ou de reflexão, essa parcela de funcionários esquece que a sobrevivência ou sobrevida de ambos depende essencialmente dos trabalhadores. Existe uma relação de dependência entre empresa e empregados, porque máquina nenhuma ou repartição funciona sem ação humana.
Um funcionário não envolvido com o seu trabalho prejudica tanto a imagem da companhia, da qual ele mesmo faz parte, perante a população para qual ela presta os seus serviços, como também prejudica, de forma prática, o alcance de seus propósitos dentro da organização.
Nas andanças que a direção do SINDISAN faz pelo interior do estado é comum ver, em pleno horário de expediente da DESO, lojas de atendimento ainda fechadas. Para não sermos injustos com alguns companheiros, sabe-se que, apesar do último concurso, a distribuição de funcionários foi feita sem muito critério, geralmente atendendo às velhas indicações políticas para agradar fulano e cicrano, nunca os interesses da Companhia.
Apesar dessa prática ainda persistir, ainda se vê muitos funcionários começarem o expediente fora de hora e também irem embora mais cedo, com frequência. Essa é uma atitude negativa e exemplo clássico do trabalhador descompromissado.
A falta de atenção para com o serviço também é uma prática bastante comum e inaceitável. É de extrema importância prestar atenção em todas as atividades que se desenvolve. Um descuido, por mínimo que seja, já que geralmente se trabalha em equipe, pode ter consequências terríveis.
Outro problema: todo serviço começado deve ser concluído no mesmo dia, sempre que possível e tendo-se a contrapartida legal. Não se pode deixar para amanhã o que pode ser feito hoje. E as velhas desculpas por não cumprir, em tempo hábil, tarefas passadas pela chefia e querer culpar os outros pelas falhas cometidas são características dos descompromissados. Lembre-se sempre que todo serviço tem data e hora de se iniciar e se concluir; para isso, depende exclusivamente da mão de obra dos seus funcionários.
A falta de querer aprender com os mais experientes e antigos na casa é outro grande obstáculo dentro da DESO. Isso ainda acontece muito dentro da sede da Companhia, onde as informações sobre assuntos vitais ficam centrado nas mãos e mentes de alguns, e na ausência destes, tudo fica parado, esperando o seu retorno.
É preciso que essas informações sejam repassadas aos mais novos. O bordão usado no meio dos trabalhadores, de que não se deve ensinar o pulo do gato, neste caso não deve ser valorizado nem incentivado, para o bem da própria DESO como empresa.
Criar desarmonia no ambiente em que trabalha, sempre falando mal dos colegas e do serviço, é também típico do funcionário desinteressado e descompromissado com o bom andamento dos trabalhos. Quem está insatisfeito deve agir para mudar a realidade e buscar algo que crie harmonia entre toda a equipe. Trabalhador que torce o nariz quando o seu companheiro pede uma ajuda está demonstrando, simplesmente, uma tremenda falta de coleguismo. Talvez amanhã ele precise da mão amiga do seu companheiro, e, na vida, uma mão sempre lava a outra.
Devemos sempre pensar na solidariedade entre trabalhadores e insistir sempre nesta tese. Ter interesse pelo trabalho é muito proveitoso e nos traz aprendizado. Para isso, chamamos a todos a reflexão: o que cada um está fazendo para mudar a realidade pela qual passa a DESO e fortalecê-la, fazendo com que preste sempre bons serviços à população, tendo o apoio dela na luta contra qualquer tentativa de privatização?