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Há saídas para evitar o colapso no abastecimento de São Cristóvão

seca_sao cristovaoA realidade, em termos de abastecimento de água no município de São Cristóvão, é muito preocupante, mas nada que não possa ser amenizado em curto prazo e resolvido a médio e longo prazos. Hoje a realidade é que não está havendo gestão.

A direção, que não está presente no dia a dia do SAAE, é um dos problemas; a negligência do Diretor Operacional é visível a partir do momento em que ele, sendo um técnico em Química, não oferece as mínimas condições para que se faça bom tratamento da água, não permitindo que as estações de tratamento recebam produtos químicos suficientes para o tratamento mínimo exigido nas normas vigentes.

Outro problema é a escala de trabalho, que não tem cabimento algum. Como se pode permitir que uma estação de bombeamento e de tratamento fiquem funcionando sem nenhum profissional presente, resultando disto uma série de interrupções no bombeamento da água, gerando sérios transtornos na regularização do abastecimento?

GESTÃO E PLANEJAMENTO

Lembramos também que é preciso gestão e planejamento sobre a distribuição de água. O rodízio nos bairros de São Cristóvão é uma das ações imediatas, pois não é justo alguns bairros passarem 15 dias sem água.

A médio e longo prazos, deve-se fazer perfurações de poços, onde a COHIDRO E DESO podem e devem contribuir com esse serviço. Estes poços devem ser em locais estratégicos e que sejam usados somente em momentos de calamidade Não é bom usá-los como solução sem prever a segurança hídrica. Além disso, deve-se reformar e ampliar as captações e estações de tratamento de água.

É preciso também instalar registros de manobra nas redes de abastecimento. Com esta ação evita-se que, devido um vazamento, o bombeamento seja paralisado. É preciso, ainda, a capacitação contínua dos funcionários; a realização urgente de concurso público para suprir as demandas de pessoal; a valorização permanente dos funcionários, garantindo seus salários em dia e reajustado anualmente.

Esperamos que os próximos gestores venham para agir e resolver os problemas que afligem há muitos anos o povo de São Cristóvão.

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Desinfecção não é feita porque material químico não chega

Os produtos químicos até existem no SAAE de São Cristóvão, mas sem a regularidade necessária. Porém, esses produtos ficam armazenados na sede da Autarquia. Com isso, passam-se vários dias sem que haja desinfecção da água por não chegar os produtos às estações de tratamento.

O pior é que no início da administração, em 2013, isolaram a bomba dosadora de sulfato e a substituíram por uma outra bomba, que está parada há mais de quatro meses, acreditem se quiser, por falta de um joelho que custa mais ou menos R$ 10.

E ainda cheira mal a tal licitação para digitalização de documentos no SAAE de São Cristóvão. Em novembro de 2016, houve a licitação e uma única empresa compareceu ao certame. Esta empresa acabou ganhando o processo licitatório pelo valor de R$ 69.500,00, mesmo a Comissão Licitante sabendo da difícil situação financeira do SAAE. Acontece que o SAAE de Capela efetuou o mesmo serviço por valor muito inferior!

E a Justiça do Trabalho deferiu a liminar impetrada pelo SINDISAN para que o SAAE pague os salários de novembro, dezembro e o 13º salário dos trabalhadores dentro do mês. Estamos esperando que se cumpra a sentença judicial, afinal, decisão da Justiça é para ser cumprida!

 

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