bolsonaro contra trabalhadores

O cartão de visita de Bolsonaro

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Logo no seu primeiro dia de governo, o presidente das fakenews apresentou o seu cartão de visitas aos trabalhadores, aposentados e aos mais pobres: a redução do valor do salário mínimo em R$ 8. No dia 1, Bolsonaro publicou o decreto fixando o valor do salário mínimo em R$ 998, inferior aos R$ 1.006 que constavam do orçamento aprovado pelo Congresso Nacional. Uma tungada de R$ 96 no bolso dos mais pobres nesse ano.

O argumento da equipe de Bolsonaro é de que cada real de aumento no mínimo provoca um aumento de R$ 300 milhões nas despesas do governo. É o cálculo típico de quem decide sentado no ar condicionado de uma confortável sala em Brasília, longe da realidade dos 48 milhões de trabalhadores e trabalhadoras que têm o salário mínimo como referência.

O cálculo frio também não leva em conta o impacto positivo que o reajuste do salário mínimo gera na economia dos pequenos municípios. O que a conta desses economistas deixa claro é quais serão as prioridades desse governo que começa agora: o patrão, os mais ricos, os donos do poder.

Quando fui convidado pelo presidente Lula para assumir o Ministério do Trabalho e Emprego, coloquei como condições para aceitar o respaldo para enfrentar a equipe econômica e autonomia para criar a política de correção permanente do salário mínimo. Como, diferente desse que está aí hoje, o presidente Lula sempre pensou primeiro nos mais pobres, nos trabalhadores, tive total liberdade e apoio para em menos de um ano elaborar e aprovar a política de correção permanente do salário mínimo, com o apoio de todas as centrais sindicais.

Infelizmente, o que começou com o golpe contra a presidenta Dilma e se consolida agora com a eleição desse governo das fakenews – eleito com o apoio do consórcio formado pela elite econômica, judiciário e a grande mídia – é a destruição de todo e qualquer direito social.

Precisamos estar preparados para um duro período de lutas e enfrentamento e garantir que tudo que conquistamos com muita luta não seja destruído por esses que só pensam em garantir a manutenção de benesses e vantagens que tornam o fosso social do país cada vez mais profundo. Estamos apenas no começo da nossa longa jornada. Resistir e lutar são as palavras de ordem.

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*Luiz Marinho foi ex-ministro do Trabalho e Emprego, da Previdência, ex-presidente da CUT e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, e ex-prefeito de São Bernardo.

*Artigo originalmente publicado no site da Rede Brasil Atual.

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