Mais de 50 funcionários da DESO fizeram, no dia 19, paralisação de advertência por mais de três horas, mobilizados pelo Sindisan. Isso para protestar contra a distorção no valor do cartão de alimentação ofertado e denunciar as várias perseguições da atual gestão contra os trabalhadores. A categoria foi informada de que a classe 10 voltaria a ganhar o cartão de alimentação de R$ 100.

O Sindicato defende que não é necessário que a diretoria da DESO recue e reduza a quantia repassada, mas apenas repasse um valor igualitário a todos os trabalhadores. Trata-se de tratamento igual entre os servidores, previsto na Constituição, e que a empresa não está respeitando, mesmo passando por um período lucrativo.

Tempo da Ditadura

A atual diretoria da DESO ainda acha que vivemos no tempo da Ditadura Militar. Pois não é que a paralisação dos funcionários incomodou esses senhores! Em ofício circular número 05/2009, distribuído em toda a empresa, o diretor Everton Teixeira, que se acha o todo poderoso da DESO, alertou os demais gestores que “não é permitido participar de qualquer manifestação feita pelo Sindisan nas dependências da DESO, sem a prévia autorização formal da Diretoria”. O senhor Everton, tal qual um ditador, avisa no ofício que “o descumprimento da orientação será caracterizada como indisciplina, sujeitando os empregados que dela participem às medidas disciplinares estabelecidas na Norma de Regime Disciplinar”.

Trata-se de clara intimidação aos trabalhadores e que não vai nos fazer recuar na luta. É livre a organização dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho, como também o acesso do seu sindicato a ele. É bom também lembrar isso a quem hoje está no Governo, muitos ex-sindicalistas, que sempre apoiaram o movimento sindical, e agora viram as costas, colocando na direção das empresas do Estado pessoas que mais deveriam atuar em “campos de concentração”.