DESO: por maioria absoluta, categoria aprova contraproposta do Acordo Coletivo
No último dia 23, trabalhadores da Deso participaram, na sede do sindicato, da Assembleia Geral que avaliou a contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018 enviada pela direção da Companhia, após a rodada de negociação realizada no dia 20.
Os companheiros que participaram dessa reunião da Deso expuseram suas análises e impressões. Apontaram que a difícil conjuntura política e econômica do país e de Sergipe abre pouca margem para avanços mais significativos para os trabalhadores, mas que, ainda assim, foi possível garantir as conquistas do Acordo Coletivo atual, reposição da inflação sobre as cláusulas econômicas e avanços importantes em algumas cláusulas que a Deso acatou, entre as quais:
– Cláusula Segunda – ACT válido por 24 meses e com princípio da ultratividade (negociado sobre o legislativo).
– Cláusula Oitava – Cartão Alimentação no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).
– Cláusula Décima Quinta – A Deso se compromete em apresentar o Plano de Previdência Complementar.
– Cláusula Décima Sexta – Indenização por tempo de serviço com o incentivo de dois anos de direito ao Plano de Saúde.
– Cláusula Vigésima Segunda – Auxílio por filho portador de necessidades especial – Inclusão de Fibrose Cística e Doenças Degenerativas.
– Cláusula Quadragésima Primeira – A Deso se compromete a apresentar estudo sobre o “Ponto Flexível” em 60 dias.
Contribuição para o fortalecimento da luta sindical
Outra decisão importante da Assembleia foi a aprovação de uma Contribuição dos trabalhadores para o fortalecimento da luta sindical. Por maioria absoluta, os companheiros e companheiras presentes aprovaram a contribuição de 3% sobre o salário-base divididos em três parcelas mensais de 1%.
Ficou estabelecido, ainda, que o trabalhador que não quiser apoiar as lutas da categoria e não contribuir, deve procurar o sindicato e se manifestar por escrito, em até quinze dias depois da homologação do Acordo Coletivo, em formulário disponibilizado pela entidade.
O Sindisan tem feito muitas lutas e campanhas em favor dos direitos da categoria e de enfrentamento contra a extinção da Cohidro e contra as privatizações dos SAAE’s e da Deso. O que precisa ficar claro para os trabalhadores é que não se faz luta sem aporte financeiro.
Enquanto os empresários e os governos têm acesso a milhões de reais para gastar em campanhas contra os interesses da classe trabalhadora e para convencer a população de que privatizar é bom ou que as reformas Trabalhista e Previdenciária são necessárias, o sindicato só tem uma fonte de financiamento: a contribuição dos trabalhadores.
É com essa contribuição que, historicamente, construímos e fortalecemos o Sindisan. Defendemos o fim do Imposto Sindical anual e obrigatório para que, em seu lugar, voluntariamente os trabalhadores financiem o seu sindicato.
É preciso que a categoria se conscientize de que só com o seu sindicato fortalecido é possível enfrentar os sucessivos ataques aos seus direitos.
Vamos à luta! Juntos somos mais fortes!