No último dia 09/10, o SINDISAN protagonizou, mais uma vez, o que parece ser o desfecho de uma das mais emocionantes novelas do cenário de negociação trabalhista do município de Estância, entre a diretoria SAAE e seus trabalhadores, cenário este de pouca mobilização por parte daqueles que queriam um final verdadeiramente feliz para a trama, deixando que o vilão da história se passasse por mocinho.

É bem verdade o ditado popular “a união faz a força”, mas jogos de conveniências (a carapuça cairá em quem couber) atrapalharam o objetivo maior da causa: a luta para o que é do trabalhador por direito. O resto é acréscimo pela competência e valor de trabalho, mas, às vezes, os trabalhadores não se dão conta de que estão dentro de em processo delicado quando o assunto é Parceria Público Privada (PPP), seja ela por qualquer modalidade, e promessas duvidosas. Uma sombra negra paira sobre o SAAE e, como no dizer bíblico, “haverá choro e ranger de dentes”.

Os otimistas, apesar das adversidades, incansavelmente, articulavam dentro das suas atribuições sindicais o melhor enredo dessa história: 8,43% de reposição pelo INPC (sem ganho real), média dos últimos 12 meses, retroativo à data base, que é maio; proposta de conclusão do dilema dos EPIs, ASO e exames periódicos para dezembro (Você acredita? Tenha fé!); adição do auxílio alimentação no período de férias, licença maternidade e afastamento por doenças (este benefício, como foi fundamentado pela Administração Direta, em todos os pontos, e só agora adquirimos essa extensão na Autarquia).

Lembramos aos companheiros de luta e aos que acompanham de camarote que todas as conquistas dos últimos três anos também refletem nos CCs, que não deixam de ser trabalhadores (ainda que raros são os que dignificam pelo que recebem de seus gordos salários).

Não percam as cenas da próxima novela, em 2016, com os capítulos da PPP, mudança do regimento, campanha salarial em meio a ano eleitoral.