A Captação da Cabrita da virando cenário de filme de bang-bang. No local, no mês passado, dois marginais atentaram contra a vida de dois trabalhadores, sendo um da DESO e o outro da empresa de vigilância, e na última quinta-feira (13), por volta da 20h30, outros cinco marginais novamente invadiram a Captação, munidos de armas pesadas, já chegaram atirando contra o operador e o vigilante.

Mais uma vez, o alvo principal dos marginais era a arma do vigilante. Eles só não invadiram o prédio porque o portão já havia sido comprado e instalado pelos próprios trabalhadores daquela unidade. Sob ameaças de morte feitas pelos meliantes, o vigilante foi obrigado a entregar a sua arma. Por recomendação da própria polícia, os trabalhadores não ficaram na Captação. E mais uma vez, nenhum chefe apareceu para se solidarizar com os companheiros.

Mas parece que, depois de tantos atentados às vidas dos trabalhadores na Captação da Cabrita, algo começa a ser feito. As informações que nos chegam dão conta de que começaram a iluminar toda a área, o que ainda não é suficiente. O matagal que toma conta da unidade, por exemplo, continua lá. E todos sabem que a Captação da Cabrita – assim como a maioria delas – além de isolada, o mato  ajuda os meliantes a se esconderem. E como todos sabem, também, lá havia um trator com uma roçadeira acoplada. Ficou parado mais de seis meses, no sol e na chuva, enferrujando com o tempo. Somente há poucos dias foi retirado do local e, sabe-se lá, levado para onde.

O trator poderia ter sido usado para cumprir a sua função definida, ou seja, roçar o mato, deixando-o o mais baixo possível. Isso, certamente, inibiria ou atenuaria as tentativas de marginais de se esconderem dentro deles e praticarem suas ações criminosas.

Fica a uma questão: será que a DESO não vai priorizar a capinação desse matagal que toma conta da Cabrita e põe em risco a vida dos companheiros?