Com relação aos recentes episódios ocorridos nas cidades de Poço Redondo e Pinhão, onde a população desses municípios, insatisfeita com a constante falta de água, manifestaram seu descontentamento invadindo o escritório da Deso em Poço Redondo e fazendo manifestação nas ruas em Pinhão, o SINDISAN, sindicato que representa a categoria dos trabalhadores urbanitários de Sergipe, vem esclarecer, à imprensa e, principalmente, à população dos dois municípios em questão, que a culpa pela constante falta de água naquelas regiões não é do trabalhador, que cumpre categoricamente com as suas tarefas, muitas vezes até de forma heróica, diante da falta de investimentos maiores no setor e, muitas vezes, de material e condições de trabalho para tocar os serviços com qualidade.

A população de Poço Redondo e Pinhão está no seu legítimo direito de protestar diante de um problema concreto, a falta de água em suas torneiras, até porque, pagam suas contas e impostos para terem o serviço de água e esgoto funcionando e com qualidade. Mas ao pagarem suas contas e impostos, este dinheiro está indo para a Deso e para o Governo, que é quem deve priorizar o atendimento à população, administrando com eficiência esses recursos. Ao trabalhador, que é a parte humana da estrutura da Deso, cabe a tarefa de executar os serviços da companhia, e não administrar os seus recursos, que é tarefa do Governo e de seus administradores.

Portanto, se há problemas nos serviços de abastecimento de água em Poço Redondo, Pinhão, ou qualquer outro município, as críticas devem se direcionar à quem administra a Deso, e não aos seus trabalhadores.

O SINDISAN se solidariza com a população desses e de outros municípios que tem enfrentando o problema da falta de água e cobra, da direção da Deso, melhores condições de trabalho para os seus trabalhadores e mais investimentos nesses municípios, para que seja solucionado o mais brevemente possível o problema em questão.

Aracaju/SE, 11 de janeiro de 2010.

Diretoria Colegiada do SINDISAN