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Os perigos de um trabalhador pelego

pelegoO que é mesmo um trabalhador pelego ou uma trabalhadora pelega? É aquele que, sempre individualista e de visão conservadora e preconceituosa, deixa-se sempre montar pelo seu superior hierárquico, patrão ou governo. Achando-se sempre superior, maltrata os pequenos, mas é sempre submisso ao seu gestor ou patrão.

É aquele que além de não apoiar greves e não lutar por seus direitos, ainda fura a greve e ajuda a destruir os direitos dos demais trabalhadores. É sempre o pusilânime que se esconde atrás da sua pele de cordeiro para encobrir a própria covardia e a falta de coragem de apoiar a luta do seu sindicato.

Como todo covarde, acaba se escondendo atrás daqueles que realmente lutam, se aproveitando das vitórias alheias. Porque pelego que é pelego não sabe o significado da palavra solidariedade, mas não abre mão das conquistas obtidas pelo seu sindicato e pela luta dos demais trabalhadores; e com seu egoísmo, não consegue ver nada além de suas próprias e momentâneas necessidades. É sempre um defensor, incondicional, do gestor ou do patrão.

Dito isto, temos aqui e acolá, na Deso, alguns desses trabalhadores pelegões que são contra o sindicato, não contribuem mensalmente ou com a taxa assistencial, não participam das assembleias, mas quando a discussão é sobre acordo coletivo, vão logo atrás de quem participou para saber tão somente de quanto é o reajuste salarial proposto ou os ganhos que podem vir.

Faz críticas a tudo e a todos, se acha a pessoa mais preparada e entendida de tudo; é sempre de direita e não vive sem bajular um político e está sempre com o governo de plantão, não importa de que matiz ideológica.

Tem uns que quando encontra com um diretor do sindicato, abre logo um falso sorrisão, dá muitos tapinhas nas costas, apresenta muitas ideias e pautas – obviamente, que lhe beneficiam –, mas, pelos corredores, depois, é só pau nos dirigentes do sindicato, acusando-os de não fazerem nada. Só não lembra que o seu gordo salário de quase 20 mil reais é fruto não da sua individualidade inútil, mas da luta do sindicato e dos seus dirigentes, e graças às muitas greves, às muitas lutas e às muitas ações judiciais, porque nada cai do céu para os trabalhadores.

Mas esses pelegos sempre passarão, e nós, passarinho!

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