Pipeiros ‘deitam e rolam’ nos finais de semana distribuindo água da DESO
Notícias vindas do interior do estado apontam que a situação dos municípios que entraram com pedido de “situação de emergência”, de acordo com a Defesa Civil, só piorou, levando o Governo, através da COHIDRO e DESO, e também o Exército a ampliarem o número de carros-pipa que abastecem com água potável os municípios afetados, sendo o momento de extrema gravidade para os irmãos sertanejos.
Diante do problema, a DESO deveria ser mais rigorosa na fiscalização dos carros-pipa que estão sobre a sua responsabilidade, pois o que está acontecendo em Canhoba tem que ser investigado imediatamente.
Segundo relatos dos próprios moradores da região, funcionários da DESO que trabalham na Estação de Bombeamento, e que cumprem o seu regime de trabalho de segunda à sexta-feira, das 07h às 18h, controlam o abastecimento dos caminhões-pipa que ali chegam.
Até aí tudo bem, porém, nos finais de semana, para não pagar horas extras aos seus funcionários, e isto já vem acontecendo há alguns anos, conforme o SINDISAN averiguou, a Estação fica operando sem a presença de nenhum funcionário da DESO para fazer as operações que a unidade requer e o devido controle dos abastecimentos.
Mas veja o absurdo: todos os pipeiros, autorizados sabe-se lá por quem, já possuem as chaves dos cadeados do portão de entrada da Estação, o que é gravíssimo, fazendo então, nos finais de semana, um verdadeiro festival de caminhões-pipa, a serviço de prefeituras ou não, entrando e saindo a qualquer hora, sem controle algum.
Relatos dão conta que alguns fazendeiros da região estão se aproveitando da situação de descontrole e estão se utilizando da água para fazer estocagem do produto para dessedentação animal, em detrimento da população.
Outros afirmam que alguns pipeiros estão cobrando da população pela carrada extra de água. Isso é de conhecimento da chefia da Regional e nenhuma providência foi tomada até o fechamento desta edição.
Esperamos que com essa denúncia algo seja feito, imediatamente, para coibir este descalabro em um momento tão difícil para a população daquela região. Estaremos acompanhando o desfecho.