SAAE de Estância: direção da autaraquia se contradiz
A direção do sindicato estranhou quando as negociações com a direção do SAAE de Estância foram interrompidas de forma unilateral pela direção daquela autarquia, mostrando assim que não é adepta do diálogo e alegando, como sempre fez, a eterna falta de recursos. Além disso, condicionando o reajuste salarial dos trabalhadores ao aumento da tarifa de água, jogando sempre a discussão para a Câmara de Vereadores local.
A direção do SAAE se contradiz quando alega a falta de verbas, quando se vê a autarquia adquirir novos veículos, alguns dos quais não são destinados à atividade fim do órgão, e sim para servir como veículo de uso pessoal, colocando em segundo plano um serviço que já não é visto com excelência por grande parte da população estanciana, pois a falta de água acontece praticamente todos os dias.
A direção do SAAE alega falta de dinheiro para aquisição de novas bombas; no entanto, denúncias chegam ao sindicato apontando que o número de cargos em comissão não para de crescer, com esses ganhando uma boa soma no final do mês.
O SINDISAN insiste em saber o custo total da folha de pagamento do órgão e o quantitativo de cargos em comissão, informações estas que deveriam estar abertas a toda a população por força de lei federal; no entanto, a atual direção sempre nega, dizendo se tratar de informações confidenciais. Não são.
Enquanto isso, o SAAE só definha. Os seus trabalhadores estão há três anos sem exames médicos periódicos, o que constitui falta grave, passível de sofrer penalidades perante o Ministério do Trabalho e Emprego.
Até agora não foi constituída uma CIPA, não existe técnico de segurança e tantas outras mazelas que o SINDISAN vem denunciando e que a direção ignora. Além de tudo isso, ainda ameaça os trabalhadores que não aceitam essas aberrações como coisa normal.
Ganham corpo na cidade notícias – ainda não confirmadas – de que o SAAE estaria emprestando uma quantia considerável de recursos para a Prefeitura do Município. Mais uma contradição. Como explicar atitudes como essa, já que o SAAE sempre alega falta de recursos financeiros para prestar um serviço de qualidade para a população?
Atos como esses, adotados pela direção atual, não são casuais ou isolados; muito pelo contrário, são todos deliberados e friamente calculados por quem tem outros interesses para com a autarquia.
Prestando um péssimo serviço à população e sucateando cada vez mais o SAAE de Estância, talvez essa diretoria consiga jogar a população contra os trabalhadores, que são também tão vítimas quanto os usuários.
Agindo assim, esses diretores, supostamente, teriam argumentos para justificar uma Parceria Público Privada (PPPs), pouco se lixando para a população, que no início até poderia perceber pequena melhora nos serviços, mas com o passar do tempo, lembrará com saudades da época em que o SAAE pertencia ao povo e que, para funcionar com qualidade, bastaria ter pessoas na direção isentas de influências políticas nefastas. Hoje em dia, infelizmente, essas influências tomam conta dos órgãos públicos.