SINDISAN presente nas discussões do 10º Encontro Nacional de Urbanitários
Com discussões plurais e a presença de diversas personalidades do âmbito nacional, assim foi o 10º Encontro Nacional de Urbanitários – ENU, realizado em Salvador, que foi marcado pela representatividade e pela organização. O evento foi aberto pelo presidente da CNU, Paulo de Tarso, que deu boas vindas aos participantes, ressaltando a importância e o desafio de realizar um Encontro dessa envergadura na capital baiana.
O 10º ENU teve números expressivos. Foram 22 estados do país representados, 23 entidades participantes – entre elas o SINDISAN, mais de 90 inscritos e dezenas de convidados, que prestigiaram os debates realizados no auditório do Sindae.
Para o presidente da CUT, Sérgio Nobre, a iniciativa da CNU deve ser modelo para o movimento sindical. “Precisamos retomar as nossas discussões de forma organizada e fazer o enfrentamento com qualidade e muita organização. Para este ano, essa tarefa precisa ser ainda mais priorizada”, frisou Nobre, que fez uma avaliação de conjuntura ao lado do Economista e ex presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Uma análise profunda sobre as campanhas salariais dentro de um cenário tão adverso para os trabalhadores foi o tema da segunda mesa de debates, que teve a Economista e Supervisora do Dieese, Ana Georgina, ao lado do Coordenador Geral do Sindae, Grigório Rocha.
“A investida na retirada de direitos do atual governo e a política econômica implementada no país sacrificam os trabalhadores e asfixia as entidades sindicais. Esses efeitos se traduzem em números negativos para todas as categorias”, destacou Ana.
Questão de gênero
O último painel da noite foi marcado pela descontração, mas muita seriedade na temática que envolve o papel da mulher trabalhadora na sociedade. Andrea Marques, advogada e representante do Grupo de Mulheres do Brasil fez uma apresentação sobre a questão de gênero, abrangendo questões históricas que resultam na condição diferenciada da mulher na sociedade.
“Discutir essa temática em um encontro amplo como este já revela uma mudança de paradigma e de ampliação de espaço da mulher trabalhadora. Mas, ainda há muito o que se fazer para igualar a nossa condição e diminuir os preconceitos e a violência de gênero”, defendeu Andrea Marques.
O 10º ENU seguiu com discussões sobre a perspectiva do setor elétrico e de saneamento para este ano, apresentações sobre as experiências das Intersindicais. À tarde, os dirigentes realizaram discussões específicas, definindo ações para o movimento sindical em 2020.
Fonte: site da FNU