Trabalhadores vão às ruas de Aracaju em apoio à greve geral contra reformas
Contra a proposta de reforma da Previdência, por mais empregos e contra o desmonte da educação pública do país, mais de 10 mil manifestantes participaram do ato público, em Aracaju, na tarde e na noite do dia 14 de junho, em apoio à greve geral nacional. Em todo o Brasil, cerca de 45 milhões de pessoas ocuparam as ruas para derrubar a reforma da Praevidência.
Na capital, poucos ônibus circularam pela manhã, graças à resistência organizada por sindicatos, movimentos sociais e estudantes nas garagens das empresas de ônibus. Em adesão à greve, houve pouco movimento no comércio.
Os trabalhadores e trabalhadoras da DESO aderiram ao movimento grevista. Organizados pelo sindicato, logo cedo a categoria cruzou os braços e paralisou as atividades na sede da Companhia, com trancamento dos portões de acesso. A ação contou com as presenças e o apoio do deputado federal João Daniel, do deputado estadual Iran Barbosa e do vereador de Aracaju, Camilo Feitosa, todos do PT.
“Tivemos uma grande adesão da categoria, que compreendeu a gravidade do atual momento para os trabalhadores não só do saneamento, mas de todas as categorias, com essa reforma da Previdência e com a política do governo federal de desmonte do Estado, com privatizações e entrega das nossas riquezas ao capital internacional. O momento pede unidade dos trabalhadores para lutar contra mais essa ofensiva aos nossos direitos e às nossas empresas públicas”, destacou Sílvio Sá, presidente do SINDISAN.
Sílvio lamentou, no entanto, alguns companheiros que fizeram questão de furar a greve, dando seus nomes, de forma voluntária, para entrar na empresa. “Entendemos que se trata de um equívoco muito grande. Esse tipo de atitude só favorece àqueles que querem atacar e destruir os direitos da classe trabalhadora; mas também, são esses mesmos pelegos que usufruem dos direitos de hoje, conquistados com as lutas e as greves históricas de companheiros no passado e também recentemente, e abrir mão desses direitos eles não abrem, mas apoiar a luta que é bom, não apoiam. É lamentável”, disse.
No período da tarde, dirigentes do SINDISAN e alguns funcionários da DESO se somaram à grande massa de trabalhadores, sindicalistas, estudantes, aposentados, desempregados e militantes de vários movimentos sociais e de juventude que marcharam pelas ruas de Aracaju. Uma multidão saiu da Praça General Valadão em direção ao Calçadão 13 de Julho, onde um ato de encerramento foi realizado, com muita música e arte.
“Com milhares de pessoas, a vontade popular lotou as ruas de Aracaju, trancou a avenida da 13 de Julho com música, luta e resistência para dizer que não aceitamos a destruição da Previ-dência pública brasileira”, afirmou Dudu, presidente da CUT/SE.