Viva a luta e a força das mulheres do mundo!
Neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, a data deve nos remeter a uma profunda reflexão sobre o significado dela e a razão para a homenagem, ainda mais em tempos tão sombrios, onde o valor social da mulher e o avanço nos direitos à equidade entre homens e mulheres têm provocado reações diversas e, em especial, nesta quadra nefasta da história em que vivem o Brasil e o mundo, setores incomodados com a luta e os avanços conquistados nas últimas décadas trabalham para promover o retrocesso.
Portanto, o 8 de Março deve ser uma data não apenas para ser mais um dia de reflexão, mas um entre os 365 dias do ano que precisam de reflexões permanentes sobre o papel fundamental que as mulheres representam na nossa sociedade, papel este nem sempre valorizado como deveria.
As mulheres, com muita luta, de figuras secundárias e de ‘cuidadoras do lar’ passaram a ter extrema importância no mundo atual, onde exercem, cada vez mais, papéis de protagonistas, embora ainda sofram com as heranças históricas do sistema social patriarcal e machista. Com o tempo, graças às lutas promovidas por elas, as mulheres vêm conseguindo conquistar mais espaço nas estruturas sociais, abandonando a figura de mera dona de casa e assumindo postos de trabalho, cargos importantes em empresas e governos e em estruturas hierárquicas decisórias.
Mas apesar de uma maior presença no mercado de trabalho, ainda há uma desigualdade no que se refere aos diferentes gêneros. A mulher, em muitos perfis familiares, acumula tanto as funções trabalhistas quanto as domésticas e, também, as maternas, ficando, muitas vezes, sobrecarregada. Além disso, o número de mulheres ocupando cargos de nível superior nas empresas ainda é menor, embora elas constituam a maioria com qualificação superior. Além disso, o salário delas ainda é proporcionalmente menor do que o dos homens, fatores que fica ainda mais crítico quando nos referimos às mulheres negras.
Nos cargos políticos, apesar de termos superado o fato de nunca ter havido uma presidente mulher no Brasil – e também em outros países da América Latina, tais como Argentina e Chile –, ainda é desigual a comparação entre mulheres e homens nos cargos executivos, legislativos e judiciários.
São por essas desigualdades ainda latentes, fruto de um passado que ainda deixa marcas na atualidade, é que surge a necessidade da luta cotidiana pelos direitos femininos e por equidade entre mulheres e homens nas várias esferas da sociedade. O 8 de Março deve ser permanente!
O SINDISAN parabeniza todas as mulheres e se compromete com o apoio permanente às suas lutas e pautas!