A culpa pelos problemas na DESO não é dos trabalhadores, mas de gestão

Em entrevista ao Jornal do Dia de domingo, 23/10, o presidente da DESO, Bosco Mendonça, afirmou que o quadro de funcionários da companhia está “envelhecido”, com média de idade de 50 anos, e que muitos funcionários estão com idade entre 70 e 75 anos. “Somos uma empresa da terceira idade”, disse o diretor ao jornal.

Ele só se esqueceu de comentar que esses trabalhadores, mesmo com essa idade, tem conhecimento e competência técnica nos cargos que ocupam, e por isso precisam ser valorizados.

Afirmou também o presidente que existem “dezenas de funcionários que já se aposentaram e continuam trabalhando”, porque têm uma media salarial que varia entre R$ 8 mil e R$ 14 mil e, se forem para o INSS, vão ganhar cerca de R$ 2,5 mil”.

Mas o presidente da DESO não comentou quanto ele embolsa todos os meses pelo cargo transitório que ocupa, pois além de uma polpuda gratificação, recebe uma alta verba de representação, fora as mordomias, como um carrão de luxo sem identificação.

O senhor Bosco Mendonça também se esqueceu de comentar que faltam funcionários na DESO para atender a população nos diversos serviços. Na Regional Sertão, por exemplo, tem 132 trabalhadores hoje, mas precisaria dobrar o número de servidores para normalizar os serviços. Em Simão Dias precisa-se de pelo menos 12 funcionários. Hoje só há três, sendo que a cidade é a sexta em ligações de água no Estado.

A atual situação da DESO não é culpa dos trabalhadores, mas de todas as gestões que passaram pela companhia e que não realizaram concursos públicos, mas terceirizaram as áreas mais rentáveis da empresa. Hoje a DESO praticamente só atua diretamente no setor administrativo.

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