Cadê o corpo técnico assinando projetos e obras?
Apesar da DESO contar, no seu quadro de funcionários efetivos, com um amplo corpo de engenheiros e técnicos, é raro a gente ver alguma obra em andamento promovida pela própria Companhia, com a assinatura de alguns destes profissionais.
Percebe-se que até para se levantar um muro ou fazer uma caixa de passagem no solo, necessita-se de um projeto oriundo de uma empresa terceirizada. O fundamento para que seja desta forma não se sabe, talvez para honrar contratos já preestabelecidos.
O que se sabe de fato é que enquanto se gastam somas consideráveis com projetos de terceirizadas, que deveriam, na nossa avaliação, serem executados pelo próprio corpo técnico da DESO, um plantel de profissionais de conhecimento técnico reconhecido em todo o Estado, e que ficam submetidos a uma ociosidade gritante, e que em alguns casos pontuais beiram ao ostracismo.
Para além desse problema de terceirização de projetos, persiste o fato de, ainda hoje, dentro da DESO existir uma certa política de castas, onde o grupo que apoia quem está no governo tudo pode e tudo terá; por outro lado, quem é do grupo opositor, acaba esquecido nos corredores.
Indiferente a essa realidade, a Companhia, por decisão política, continua firmando contratos de valores substanciais com empresas terceirizadas para que as obras necessárias aconteçam e os serviços diários não sofram paralisações.
Até onde irá perdurar essa diretiva por parte da Companhia ninguém sabe; porém, a sua situação financeira exige uma utilização mais racional e inteligente dos recursos. Esperamos que essa situação seja revista o quanto antes.