Contrato nefasto com a Camel prejudica a DESO e a população

Não conseguimos entender como uma companhia como a DESO, que conta com vasto quadro de profissionais dentro do setor jurídico, ainda consegue firmar contratos tão nocivos para si própria.

Vejamos o caso do contrato firmado entre a DESO e empresa Camel. Através da assinatura deste contrato, somente a Camel pode efetuar serviços de ligação de água no âmbito do estado. Acontece que, por razões nunca explicadas, essa mesma empresa terceirizada não consegue suprir todas as demandas de pedidos de ligações de água em todo o estado.

Resultado: tem pedido de ligação que já se arrasta por quase dois anos sem ainda ter sido executo pela Camel. Observe que o prazo máximo dado pela DESO ao cliente para efetivar a conclusão do pedido é de no máximo 60 dias a partir da solicitação.

Pois bem, devido a essa situação imposta pela Camel, o número de ações sofridas pela DESO em todo o estado mais do que triplicou, expondo cada vez mais a Companhia, fragilizando a relação com os clientes, sendo alvo de denúncias todos os dias nos jornais e rádios nos quatro cantos do estado.

Perguntamos mais uma vez aos responsáveis por esse contrato: alguma medida vai ser tomada sobre esses problemas? A Camel mostrou estrutura suficiente para assumir esse contrato? Não existe cláusula contratual que iniba este comportamento hostil contra os interesses da Companhia? Afinal de contas, o nome que está em jogo sempre é o da DESO e dos seus trabalhadores.

O cliente, quando solicita uma ligação de água, procura a DESO, que é a responsável legal pelo serviço, e ele sequer sabe da existência da Camel. No entanto, a Camel apronta das suas e a DESO fica no prejuízo junto à população.

Soubemos que o valor cobrado por esta terceirizada para executar uma ligação supera o valor que a DESO cobraria para efetuar o mesmo serviço. Não adianta a direção da Companhia alegar que não possui mão de obra suficiente para executar tais funções.

Percorremos todo o Estado e notamos que existem sim colegas disponíveis para trabalhar, principalmente os companheiros do último concurso. O que falta de fato são condições materiais e de transporte para que eles desenvolvam as suas devidas funções.

NÃO SE PREPAROU

A DESO não se preparou hora nenhuma para receber esses novos funcionários. (leia mais na pág. 3). Eles estão praticamente de braços cruzados, não por culpa própria, mas por incapacidade e falta de interesse de alguns chefes para fazer com que as coisas voltem a funcionar dentro da Companhia. Isso é notado facilmente. Existem locais em que os trabalhadores sequer têm um banheiro para fazer as suas necessidades básicas.

Tentar justificar contratos nocivos, mal redigidos, eivados de erros, soa-nos muito mal. O SINDISAN cobra rigidez, fiscalização severa e, talvez, aplicabilidade das sanções previstas neses contratos toscos. E qual o papel da Diretoria Técnica, que fica de braços cruzados diante desses problemas? E lembramos que cabe ao Setor Jurídico acompanhar vírgula por vírgula cada contrato celebrado entre a DESO e as suas terceirizadas, seja ela qual for.

O que não aceitamos é expor de forma negativa a Companhia por serviços mal executados por terceirizadas. Se existe conivência para que isso ocorra, deve-se coibir o máximo possível. A população clama por eficiência e devemos tentar praticá-la sempre que possível.

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