DESO loca caminhões ‘jato-vácuo’ a peso de ouro de empresa terceirizada
Não é de admirar que tudo que se tem noticiado ultimamente sobre o desmanche da DESO leve a quase todos que compõem o quadro da Companhia a estarem com os nervos à flor da pele. Com exceção de quem, é lógico, se beneficiaria diretamente com o seu total desmonte, pois receberiam, em troca, as suas possíveis “contrapartidas”, que não devem ser nada magras.
Por que citamos isso? Ora, o que vemos em cada atitude tomada pela direção atual deixa a todos “com uma pulga atrás da orelha”. Vejamos o exemplo do contrato firmado recentemente entre a DESO e a empresa terceirizada Moderna para locação de quatro caminhões “jato-vácuo”, com motoristas e ajudantes, para prestação de serviços na área de manutenção e desobstrução de esgotos: paga-se uma fábula mensal (algo em torno de 23 mil reais por mês por cada caminhão, fora o combustível) pela prestação de um serviço que, por se tratar de uma atividade fim da Companhia, só deveria ser executada por ela mesma.
Mas o que vemos? A DESO possui três caminhões para desobstrução de esgotos, mas todos vivem apresentando problemas e passam mais tempo na oficina que funcionando. Entretanto, em lugar de a DESO buscar adquirir novos caminhões próprios, por exemplo, corre-se para se fazer logo um contrato redigido às pressas e, como sempre, contrato do tipo “de pai para filho”.
São essas coisas que fazem da DESO uma Companhia que é vista pela população como um exemplo a não ser seguido de forma alguma, pois os chefes que sobrevivem do que a população lhes paga todo mês, são os primeiros a conspirar contra ela.
Esperamos bom senso e juízo de todos os dirigentes da DESO. A situação, perante a sociedade ,para as companhias estaduais de saneamento, não é nada boa e sabemos que tudo isso é deliberado, nada é casual.
Agora cabe ao trabalhador consciente e politizado estar sempre mobilizado e atento às notícias que chegam a todo tempo. O SINDISAN crê que só assim teremos força para enfrentar todas essas tentativas torpes de entrega do patrimônio público à iniciativa privada.