É preciso um choque de gestão urgente dentro da Companhia
Há trinta anos, na DESO, quase todos os serviços eram executados pelos próprios trabalhadores efetivos da Companhia. Leitura de hidrômetros, entrega de faturas, atendimento ao público, limpeza, vigilância, corte e religação do fornecimento de água, manutenção das adutoras, manutenção dos filtros, entre outros, eram todos executados por funcionários efetivos e equipes da própria da DESO. E foi exatamente nesse período que ela aparecia entre as melhores companhias de saneamento do Brasil.
Nos escritórios não faltava material, o pessoal de manutenção recebia duas fardas por ano, a frota de veículos era própria, os balancetes mensais eram sempre fechados com superávit e os escritórios ofereciam condições dignas de trabalho. Essa realidade está distante do que hoje vivenciamos na Companhia, com quase toda a sua estrutura terceirizada e precária.
Não queremos ser saudosistas, pois não se vive de passado, mas fica a pergunta: a quem interessa realmente essa situação atual da DESO, onde, com raras exceções, os escritórios estão caindo aos pedaços e os serviços precarizados e terceirizados, mesmo com trabalhadores efetivos ficando encostados, sem atividade; e com isso, a Companhia sendo denunciada quase todos os dias pela péssima qualidade dos serviços prestados pelas “gatas”.
É preciso um choque urgente de gestão na DESO, pois é preciso resgatar os tempos em que ela prestava bons serviços à sociedade. É sempre importante ressaltar que saneamento é um serviço de saúde à população, principalmente para a mais carente.
É bom que os nossos gestores abram os olhos. Tem grandes empresas ávidas para abocanhar este patrimônio do povo sergipano.