Falta de manutenção e obras inacabadas: dois grandes males
Se fôssemos relacionar item por item coisas mal avaliadas dentro da DESO, a falta de manutenção preventiva ganharia com folga, tanto a parte de conservação dos prédios de sua propriedade quanto a dos seus equipamentos.
E não vão dizer à imprensa que a falta de água que vem se observando nos últimos dias boa parte se deve a “manutenções preventivas” que estão ocorrendo com frequência, pois aí cairíamos de vez na descrença de todos, pois todos sabem que não se faz e nem se programa manutenção preventiva de equipamentos em pleno horário de pico de consumo. O problema deve-se exatamente pela falta dessas manutenções. Tem que haver uma programação definida – se de fato isso estiver acontecendo. Mas se há reclamações sucessivas da população, é a prova que tudo está sendo feito sem controle e sem planejamento algum.
Em segundo lugar, também com bastante folga, estaria a enorme quantidade de obras iniciadas e não finalizadas, e muitas que chegaram a ser finalizadas, devido a péssima qualidade da execução, geralmente voltaram a acontecer os mesmos problemas registrados antes das obras. O SINDISAN já relatou, em boletins anteriores, o terrível mal que representa para a Companhia quando a execução dessas obras acontecem sem a presença física constante de um fiscal funcionário da DESO para fazer o acompanhamento diário da execução dos serviços.
Sabe-se que nos quadros da Companhia existe profissionais até demais para fazer este tipo de serviço. O porquê da inexistência deles nas obras é uma grande interrogação. Não que isso esteja ocorrendo de modo deliberado, mas que alguém na Direção da DESO está subvertendo a ordens das coisas, isso é possível.
Temos um exemplo clássico para ilustrar: quem visitar a ETA de Umbaúba saberá exatamente do que estamos falando. Uma obra inaugurada tão-somente por interesse político do governador de plantão, à época, passados poucos dias da inauguração de faz de conta e se viu o engodo que foi para a população da região. Hoje tudo está esquecido e a população local vem sofrendo as consequências. Isso também acontece em outros municípios do Estado.
Alguns simplesmente continuam a brincar de administrar o bem público. Até quando isso vai perdurar é que não se sabe.