Chegou ao sindicato a informação de que existe um funcionário da DESO que trabalha na Sede da Companhia e que consegue a proeza de acumular dois vínculos empregatícios ao mesmo tempo: um com a DESO e outro com uma empresa de prestação de serviços para Petrobrás, no Estado do Rio de Janeiro, trabalhando em regime quinzenal.

Como consegue conciliar os dois vínculos ao mesmo tempo é um mistério. Só quem acoberta essa irregularidade é que pode dizer. Soubemos também – e estamos averiguando – que a remuneração do outro emprego seria bem superior ao salário pago pela DESO. Sendo assim, todos os meses se desconta praticamente 15 dias de seu salário.

Ora, pelo lado prático, a Companhia acaba por compactuar com esse tipo de artifício que prejudica a ela mesma. Pior é saber que existe pessoas que buscam brechas na lei para que isso possa acontecer, apadrinhando uns poucos em detrimento de uma maioria que sua a camisa que veste.

Vemos todos os dias denúncias de que certos chefes raivosos ameaçam constantemente os trabalhadores que não tem “costas quentes” pelo simples fato de não concordarem com as suas opiniões pessoais, mas passa a mão na cabeça de um privilegiado que não trabalha um mês completo, mas recebe integralmente salário e cartão alimentação, convênio médico subsidiado pela DESO, férias, gratificação de férias, cinco dias de folga, e tudo o mais que conseguimos em acordo coletivo via mobilização e luta de toda a categoria unida e organizada.

Não podemos jamais compactuar com uma indecência dessas, parta de que trabalhador for e seja qual for o cargo que ocupe dentro da Companhia! São fatos como esses que levam a DESO a descrença pública e ao desânimo generalizado de quem trabalha honestamente nesta Companhia.

Cobramos resposta urgente por parte da Direção da DESO. Lembramos aos senhores acobertadores de irregularidades dentro da Companhia que um dia a casa cai, como está caindo Brasil afora para os donos de riquezas construídas com o suor alheio. Portanto, não pousem os senhores de santos. Para quem os conhece, o passado os condena.

O SINDISAN lamenta que, quinzenalmente, fazemos uma enxurrada de denúncias e até agora ninguém sequer foi chamado a dar explicações sobre as mesmas. Será que todos estão envolvidos? Fica a interrogação.