Governo Jackson congela por dois anos salários dos servidores públicos em Sergipe

Congelamento afeta diretamente os trabalhadores da Cohidro

Já era quase noite do dia 15 de dezembro quando o Governo Jackson Barreto (PMDB) e seus deputados aliados puxaram mais uma vez o tapete dos servidores públicos do Estado de Sergipe que já estão há cinco ano sem reajuste salarial.

Por 12 votos a 8 foi aprovado, na Assembleia Legislativa de Sergipe, o PL 248/2017, de autoria do governador, que congela os salários dos servidores e os investimentos nos serviços públicos pelos próximos dois anos. O mandato de Jackson se encerra no final do próximo ano, mas já deixou o congelamento dos salários dos servidores garantido até 2020, massacrando os servidores e prejudicando a população.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT/SE), professor Rubens Marques, afirmou que o movimento sindical foi pego de supetão. “O líder do governo (Francisco Gualberto) tinha dito na imprensa que havia retirado essa parte do projeto de lei, inclusive provocou o movimento sindical afirmando que não seria votado o congelamento dos salários, pois ele havia conseguido uma emenda para não prejudicar os servidores. E no fim dos trabalhos legislativos o projeto chegou de supetão. Haverá luta e não vamos aceitar este congelamento nem o desmonte do Estado. Vamos denunciar publicamente cada deputado que votou contra os servidores”.

O governo Jackson fez várias tentativas de aprovar esse projeto antes, mas não teve êxito porque os servidores estaduais, organizados nos seus sindicatos, já tinham conseguido convencer os deputados a barrar o projeto, é o que explica o vice-presidente da CUT/SE, Plínio Pugliesi.

“O governo conseguiu aprovar porque agiu de forma sorrateira, apresentando em cima da hora. Com essa lei, o governo Jackson aplica em Sergipe a mesma política de desmonte arquitetada pelo governo golpista de Temer. Congela os salários do funcionalismo público e reduz os investimentos. Isso em um momento dramático que a população clama por mais serviços públicos, principalmente nas áreas da saúde, da educação e da segurança. Mas a luta é quem faz a lei. E os servidores vão continuar organizados e lutando para reverter esse prejuízo causado pela maioria dos deputados em conluio com o governador Jackson,” afirmou o vice-presidente da CUT/SE.

Deputados que votaram contra os trabalhadores:

– Francisco Gualberto
– Adelson Barreto Filho
– Augusto Bezerra
– Garibalde Mendonça
– Goreti Reis
– Gustinho Ribeiro
– Jairo de Glória
– Jeferson Andrade
– Robson Viana
– Silvia Fontes
– Venâncio Fonseca
– Zezinho Guimarães

Deputados que votaram contra os trabalhadores:

– Ana Lúcia
– Antônio dos Santos
– Capitão Samuel
– George Passos
– Gilmar Carvalho
– Maria Mendonça
– Moritos Matos
– Vanderbal Marinho

(Com informações do site da CUT-SE)

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