É como se a direção da Deso quisesse jogar toda a sujeira pra debaixo do tapete. Ninguém sabe, ninguém viu o resultado da auditoria contratada a peso de ouro. Pelo contrário, o que se vê é assinatura de contratos e mais contratos, e pagamento a firmas citadas no escândalo da Navalha, desmascarado pela Polícia Federal, em maio de 2007, e que desbaratou o esquema de corrupção e fraude em licitações.

Na ocasião, somente em Sergipe foram presos o empresário e filho do ex-governador, João Alves Neto, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Flávio Conceição, o ex-deputado federal Ivan Paixão, e acabou indiciando, além do ex-governador João Alves, mais dez pessoas aqui no nosso Estado.

De um lado, a direção da Deso anda acusando a direção do nosso Sindicato de querer quebrar a empresa, por apenas buscar o cumprimento de direitos dos trabalhadores; por outro, omite e não dá publicidade dos trabalhos de auditagem realizados. É como se tivesse no ar um grande pacto de silêncio. Isso sim, que prejudica e quebra a empresa.

Contrato já denunciado

Já foi denunciado aqui no ÁGUA QUENTE que a Deso, recentemente, contratou uma das firmas citadas nas interceptações telefônicas realizada pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, durante o escândalo da Operação Navalha, e a direção da companhia foi a público dizer que não tinha nada de mais, que tudo era normal.

Mas agora, recebemos uma outra denúncia. Que determinada empresa, também citada naquele escândalo, foi contratada pela Deso, mas só assinou o contrato depois de ter garantido algumas exigências, como a do recebimento de faturas de contratos que eram objeto de auditagem.

Novos contratos

Há quem diga que será assinado em breve um novo contrato, também para a realização de obras do PAC, no valor da bagatela de R$ 40 milhões. Não será surpresa mais uma vez a direção da Deso vir a público para justificar e dizer que é tudo normal.

É como diz o velho dito popular: “Mudam-se as figuras, mas o reizado continua o mesmo!”. Aqui na Deso, apesar da direção cantar em verso e prosa que a empresa vive uma nova era, só se for para essa turma, porque, para os trabalhadores, tudo continua como dantes no quartel de Abrantes!