O cúmulo da irresponsabilidade
Vejam como alguns Diretores da DESO simplesmente estão pouco se lixando para os gravíssimos problemas existentes na Companhia. Peguemos o caso da nossa maior e mais importante adutora, a do São Francisco. Passados mais de um ano do dia em que houve a sua total ruptura (09/05/2016), no ponto localizado na ponte sobre o Rio Sergipe, no Povoado Pedra Branca, no Município de Laranjeiras, pasmem os senhores, a adutora está abandonada mais uma vez.
Apesar de sua extrema importância para a Capital e a Grande Aracaju, a Adutora do São Francisco está operando com somente 80% de sua capacidade e sem acompanhamento 24 horas por dia, quando sabemos que ela está trabalhando de forma improvisada e uma nova ruptura representará o colapso total no fornecimento regular de água.
Deve-se ressaltar que as novas tubulações já chegaram e estão no Almoxarifado Central, mas a ponte onde serão instaladas ainda não foi construída pelo Denit e não há prazo para que ela venha a ser construída, um motivo a mais para que se faça a manutenção permanente da atual e provisória.
A DESO alega falta de dinheiro para poder pagar hora extra aos funcionários, sendo assim, a Direção abandonou de vez a manutenção da adutora. Até o fechamento desta edição, sabemos que já apresenta quatro grandes vazamentos ao longo de sua extensão, causando uma perda absurda de água bruta.
A alegação estapafúrdia de falta de verba jamais deveria ser aplicado neste caso, devido a vital importância desta adutora. Também sabemos que, enquanto na sede da DESO a farra descarada de horas extras fabricadas só aumenta, setores vitais e estratégicos como o de Manutenção de Redes e Adutoras tiveram os seus plantões encerrados a título de contenção de despesas.
Fica dificílimo para a Direção da DESO explicar o porquê de tantas horas extras para o pessoal administrativo e de tantos serviços extras para justificar essas horas a mais. Simplesmente foi algo mal programado e não cobrado pela chefia. Só existe necessidade de horas extras para os trabalhadores da manutenção corretiva; estas sim são completamente explicáveis. O resto é malandragem dos amigos dos chefes para ganhar sem trabalhar.
O SINDISAN pergunta, até quando isto vai durar? Tudo está ficando de uma maneira tal que logo chegará à uma quebra da empresa. A inversão de valores na DESO beira verdadeiramente ao absurdo.