O limite do Capitalismo
Em artigo escrito “O Capitalismo não se repete”, Robert Kurz alerta para os eternos sonhadores da recuperação cíclica do capitalismo. O autor relembra que o capitalismo não é um sistema estático, mas dinâmico, o capitalismo não é um processo histórico irreversível.
O que se pergunta é: Qual o limite do capitalismo?
Para Istvàn Mèszaros já estamos vivenciando o tempo da destrutividade do capital. Não mais estamos diante da crise conjuntural de caráter parcial e limitada, mas o limite de uma crise estrutural de conexões e implicações sistêmicas globais. E fundamentalmente insustentável.
A falsa ilusão pós Segunda Guerra mundial da expansão desenvolvimentista monopolista imperialista de alguns países capitalistas privilegiados fez acreditar na superação da crise e se ter alcançado a fase da estabilidade crítica do capital.Vivenciamos nos dias atuais crises incontroláveis do capital.
A cada crença de superação presenciamos a sua incontrolabilidade. Sua destrutividade é visível em toda parte, e não há sinais de diminuição.
É importante lembrar que o sistema sociometabólico do capital estabelece na relação capital e trabalho em antagonismo estrutural. O capital se alimenta da relação incontrolável de dominação e subordinação do trabalho.
Ao esmagar o trabalho, condição inexorável da sua existência, o capital esmaga a si próprio em efeito bumerangue. Os sonhadores já perdem o sono diante de pesadelos contínuos e ininterruptos.
Fonte: Boletim Spartakus (edição nº 7, setembro/2012)