SAAE faz corte de direitos, mas amplia os CCs
No último dia 11/02, o SAAE de São Cristóvão convocou os operadores para uma reunião. Os trabalhadores, por estarem há cinco anos e 10 meses sem reajuste salarial, compareceram pensando que o diretor iria anunciar um reajuste.
Porém, os mesmos ficaram mais uma vez decepcionados com a atitude tomada pelo diretor do SAAE, que anunciou a mudança da escala de revezamento, que é de 12/36 horas, para 6 horas diárias para três operadores por unidade.
Segundos ele, é porque a folha está muito inchada e seria necessário retirar as horas extras, adicional noturno e reflexo de hora extra.
Como perguntar não ofende, será que eles diminuíram os salários deles? E por que existem vários funcionários novos? É bom lembrar que essa escala de trabalho existe a mais de 25 anos. Será que os operadores irão se acostumar com essa nova escala?
Esses trabalhadores, que foram prejudicados, trabalham nesse regime de escala de revezamento há 25, 35 anos. Outros diretores também tentaram fazer essas mudanças e não conseguiram, graças às intervenções do SINDISAN.
É bom esclarecer que a escala é fruto de Convenção Coletiva. Além das perdas salariais existentes e os problemas de saúde do trabalhador, vem a readaptação ao novo horário de alimentação e outros problemas. Os trabalhadores já encaminharam o caso ao SINDISAN, que deve encaminhar à sua assessoria jurídica.
O Sindicato também vai fazer valer o TAC acionando pelo Ministério Público do Trabalho. Se o SAAE está cortando os adicionais de trabalhadores que trabalham em escala de revezamento há 35 anos, como é que estão contratando vários cargos em comissão?
Com a retirada das horas extras os operadores passarão a receber o salário-base, que é de pouco mais de R$ 900,00; os mais velhos, um pouco mais de R$ 1 mil acrescido de quinquênio. O que fizeram com os professores, agora foi a vez dos trabalhadores do SAAE.