Sergipe parou na greve geral dos trabalhadores brasileiros
Contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, a Grande Greve Geral de 2017 parou o Brasil. Em Sergipe, o movimento foi um sucesso. Na capital, Aracaju, nenhum ônibus circulou na sexta-feira, dia 28 de abril. De madrugada, o movimento sindical e social fez piquete e montou barricadas em frente às empresas de ônibus Atalaia, Modelo e Progresso.
Já pela manhã, as ruas do Centro foram fechadas e ocupadas por manifestantes. As lojas que insistiram em furar a greve tiveram que baixar as portas. Mais de 50 categorias de trabalhadores paralisaram e mais de 100 organizações sindicais participaram da construção do dia de luta, entre os quais o SINDISAN, que também pautou a questão da possível privatização da DESO.
Uma boa parte da população, que não sabia o motivo da Greve Geral nem como sua vida será prejudicada pelas Reformas Trabalhista, da Previdência e a terceirização irrestrita, ficou surpresa com a força da greve geral que parou o Centro Comercial e Administrativo de Aracaju.
Sobre a vitória da mobilização alcançada, o presidente da CUT/SE, professor Rubens Marques citou Lênin: “‘Os embates e as greves têm mais poder de educar a classe trabalhadora do que os livros’. Foi um grande sucesso a greve da classe trabalhadora aqui em Sergipe. Nenhum ônibus conseguiu sair da garagem e as expectativas foram superadas”, disse.
Para o vice-presidente da CUT, Plínio Pugliesi, esta é a oportunidade de ampliar o diálogo e esclarecer quem não tem tido acesso à informação e apenas assiste passivamente à propaganda oficial do governo na TV e em demais meios de comunicação.
“A estratégia desse golpe sempre foi destruir os direitos dos trabalhadores. As reformas impostas pelo governo federal ilegítimo atendem aos interesses de apenas uma classe: os ricos que sempre dominaram o poder do país, como industriais, latifundiários e banqueiros. O objetivo elementar desses projetos é rebaixar o valor da mão de obra e explorar os trabalhadores durante a vida toda pagando salários menores, tudo para aumentar os lucros de poucos”.
Trabalhadores nas ruas
À tarde, a Praça General Valadão, em Aracaju, foi tomada por uma multidão, que depois saiu em uma grande caminhada pelas ruas do Centro em direção ao Calçadão da 13 de Julho, onde a histórica greve geral dos trabalhadores foi encerrada.
“Sem dúvida, por muitos motivos, o dia 28 de abril de 2017 ficará registrado na memória dos trabalhadores sergipanos. Foi um grande dia, onde os trabalhadores unificados, da cidade e do campo, mostraram a sua força e deixaram claro que vão resistir e lutar contra todos os ataques aos nossos direitos sociais e trabalhistas. Os golpistas não terão trégua até que recuem. E, aqui em Sergipe, nós também não descansaremos enquanto o governo Jackson não retirar a DESO do plano do BNDES de privatização da Companhia”, afirmou Sérgio Passos, presidente do SINDISAN.
“Aproveito para parabenizar a categoria, que aderiu à greve geral, e aos companheiros que se somaram à caminhada que fizemos da sede da DESO ao centro de Aracaju, pela manhã. Foi uma belíssima caminhada. Como também, parabenizamos os companheiros que retornaram no período da tarde e participaram da histórica marcha contra as reformas de Temer e contra a privatização da DESO. Mostramos a nossa força e disposição para a luta”, completou.
(Com informações do site da CUT/SE)