Sindicato deve cumprir o papel de orientação política também

Há cada quatro anos o povo brasileiro é chamado às urnas para as eleições gerais, aquelas que definem presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. É um momento importante pelo caráter das definições que estão em jogo e que, um pouco diferente das eleições municipais, mexe com interesses maiores, estaduais e nacionais.

Neste momento decisivo, qual o papel que cabe às entidades sindicais? Pedir voto para esse ou aquele candidato? Jamais. Até porque a legislação, de forma correta, proíbe terminantemente esse tipo de iniciativa. Mas como diz um jargão popular, “Neutro só sabonete de bebê!”.

As entidades sindicais não devem se limitar a discutir os interesses diretos da categoria que representam apenas, como alguns tentam incutir nas cabeças dos trabalhadores. Os sindicatos e seus dirigentes têm sim a tarefa política (não partidária) de se envolver nos temas que são decisivos para o conjunto da classe trabalhadora.

E eleições se enquadram nesse conjunto, porque definem o futuro da população e o modelo de Estado e de governo que serão implementados nos quatro anos seguintes, tempo suficiente para alavancar o progresso ou afundar a população num mar de miséria, fome e desemprego, que é exatamente o que está acontecendo neste momento. Só alguém muito cego ou muito desconectado da realidade para não ver.

Os sindicatos têm sua origem em bandeiras bem definidas de defesa dos trabalhadores e contra a exploração. Para isso, ser independente dos patrões e dos governos é essencial. Ser neutro politicamente, no entanto, significa outra coisa. Calar-se diante de injustiças é contribuir para que o lado que está ganhando permaneça assim. Qualquer ato, mesmo o de não fazer nada, significa uma posição política na sociedade.

Neste sentido, cabe aos filiados do sindicato escolherem e fiscalizarem que políticas a sua direção sindical vai defender. E direção de sindicato sem direcionamento político é como carro descendo a ladeira sem freio e com o guidão quebrado.

Portanto, diante de momentos decisivos como o que os brasileiros e sergipanos estão passando, é preciso ter lado, sair de cima do muro. Neste sentido, a orientação sindical é de que os trabalhadores votem em trabalhadores ou em legítimos representantes e defensores da classe trabalhadora, não em empresários, capitalistas, latifundiários, políticos profissionais ou aqueles que só querem chegar ao poder para retirar direitos e massacrar os trabalhadores em favor do capital e dos capitalistas.

Todo cuidado é pouco na hora do trabalhador apertar a tecla “CONFIRMA” na urna eletrônica. Vote em quem defende você! O futuro seu, da sua família, do seu estado, do país e do seu emprego e sustento está em jogo.
Fica aqui essa reflexão e essa orientação política aos trabalhadores.

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