Terceirização sem fim é um dos grandes problemas dentro da Deso

Dos diversos problemas que a Deso apresenta, um julgamos ser dos mais graves: a terceirização sem limites nas atividades que deveriam ser de competência exclusiva dos próprios funcionários da Companhia. Sem alarde e sem nenhum temor, a Direção da Deso está abarrotando a Companhia de empresas terceirizadas, deixando dezenas de seus funcionários efetivos simplesmente na ociosidade.

Fato que beira o absurdo, pois sabemos que a Deso tem efetivo suficiente, nas atividades-fim, para desempenhar com eficiência quase todas as tarefas diárias. E se isso não ocorre, não é por falta de efetivo, mas sim por questões meramente administrativas somadas ao terrível peso da ingerência política, onde caciques políticos da base do governo mandam e desmandam dentro da Deso, bastando um simples telefonema para que se passe por cima da burocracia administrativa antes intransponível. E isso não é novidade para ninguém, nem é de hoje.

Onde tudo isso vai dar, não sabemos, mas, certamente, o que vem pela frente não aponta para coisa boa. Afinal, onde serão alocados os nossos colegas que agora estão sem atividades diárias devido aos seus locais de trabalho estarem ocupados por terceirizados?

Depois de dois concursos executados pela Deso – aliás, o último ainda se encontra em vigência – para suprir justamente essas deficiências de pessoal, a quem interessa esse retrocesso? Quem de fato ganha com isso? A alegação recorrente de que funcionários efetivos não estão desenvolvendo suas atividades a contento parece-nos mais uma desculpa esfarrapada que denota falta de capacidade administrativa de quem está à frente da pasta.

 

Share this post