Todo apoio às pautas e às lutas da mulheres
No dia 8 de Março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A edição desta semana do nosso ÁGUA QUENTE foi impresso todo em tons lilases numa justa homenagem à todas as mulheres e para trazer não um dia de reflexão, mas um dia entre 365 dias de reflexões cotidianas sobre o papel fundamental que as mulheres representam na nossa sociedade, papel este nem sempre valorizado como deveria.
As mulheres, com muita luta, de figuras secundárias, passaram a ter extrema importância na sociedade atual, onde exercem cada vez mais papéis de protagonistas, embora ainda sofram com as heranças históricas do sistema social patriarcalista em seu dia a dia.
Com o tempo, graças às lutas promovidas, a mulher vem conseguindo aumentar o seu espaço nas estruturas sociais, abandonando a figura de mera dona de casa e assumindo postos de trabalho, cargos importantes em empresas e governos e em estruturas hierárquicas menos submissas.
Apesar de uma maior presença no mercado de trabalho, ainda há uma desigualdade no que se refere aos diferentes gêneros. A mulher, em muitos perfis familiares, acumula tanto as funções trabalhistas quanto as domésticas e até as maternas, ficando, muitas vezes, sobrecarregada. Além disso, o número de mulheres ocupando cargos de nível superior nas empresas ainda é menor, embora elas constituam a maioria apta no mercado de trabalho.
E por falar em trabalho, o salário da mulher ainda é proporcionalmente menor do que o dos homens na sociedade atual, fator que fica ainda mais crítico quando nos referimos às mulheres negras.
Nos cargos políticos, apesar de termos superado o fato de nunca ter havido uma presidente mulher no Brasil – e também em outros países da América Latina, tais como Argentina e Chile –, ainda é desigual a comparação entre mulheres e homens nos cargos executivos, legislativos e judiciários.
Nas eleições de 2014, apenas 10% dos candidatos eleitos eram mulheres. Embora esse número seja melhor que nas eleições anteriores, ele ainda é muito baixo. Além disso, cinco estados (AL, ES, MT, PB e SE) não elegeram sequer uma mulher para um dos cargos de deputados federais.
É por essa desigualdade ainda latente, fruto de um passado que deixou marcas na atualidade – em que a mulher era vista apenas para a reprodução e como um complemento do homem –, que surge a necessidade de lutar pelos direitos femininos.
O SINDISAN parabeniza todas as mulheres, em especial, as trabalhadoras urbanitárias de todo o Brasil, e se compromete no apoio às suas lutas e pautas!