Trabalhadores da Deso param atividades em protesto contra privatização
Nesta terça-feira, 11/7, durante todo o dia, os trabalhadores da Deso irão cruzar os braços em protesto pela continuidade das ações dos governos Estadual e Federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com vistas a implementar uma possível privatização da Companhia.
A paralisação das atividades foi deliberada pela categoria, em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (10) e conduzida pelo sindicato, o SINDISAN.
Na sede da Deso, amanhã, será realizada a segunda videoconferência entre técnicos da Companhia, do Consórcio Sanear Brasil e do BNDES – que estarão na sede do banco, no Rio de Janeiro. O objetivo é dar início aos estudos de viabilidade econômica da Companhia de Saneamento de Sergipe, que está entre as seis classificadas pelo BNDES para esses estudos, como parte do programa de desestatização das companhias estatais de saneamento, posto em andamento pelo Governo Federal.
“A categoria deliberou e vamos parar contra o andamento do cronograma de privatização da Deso. Entendemos que a água tem um valor essencial para a vida e deve estar sob controle do Estado e não da iniciativa privada, que vai tratar esse bem essencial à população como commodities, como um produto para gerar lucro para acionistas”, explica Sérgio Passos, presidente do SINDISAN.
“Vamos continuar com essa luta em defesa da Deso como empresa pública, porque é de interesse maior da população. Se for privatizada, o valor da tarifa de água vai dobrar e até triplicar, como aconteceu em algumas cidades onde a iniciativa privada assumiu o controle do saneamento básico, usufruindo, inclusive, de gordas fatias do dinheiro público. É preciso que o governador Jackson Barreto recue dessa decisão e mantenha a Deso como patrimônio do povo sergipano”, enfatiza Passos.