A adutora de isopor do Semiárido
Todos os Sergipanos estão vendo, quase que diariamente, através das mídias sociais, a rotineira falta de água pela qual vem passando o povo do Sertão, devido ao rompimento quase sempre da mesma adutora: a do Semiárido.
A adutora, desde 2010, ano em que foi inaugurada, já sofreu quase que uma centena de rompimentos, segundo os colegas que trabalham na região. Para quem trabalha na área, fica fácil perceber que durante o projeto de concepção da mesma, parece que não foram levados em consideração alguns critérios técnicos, pois todos sabem – e não precisa ser nenhum engenheiro gabaritado – que uma adutora com canos confeccionados em fibra de vidro, numa região de solo completamente rochoso e sujeito a vibrações – pois fica às margens de uma rodovia bastante trafegada por caminhões – não poderia ser recoberta com material rochoso, mas sim deveria ter sido feito um colchão de sustentação, depois sendo recoberto com material arenoso.
Não deu outra coisa, senão essa situação vexatória, que beira as raias do absurdo e da incompetência, ou talvez da conivência com a construtora “queridinha” do Governo do Estado – e que está torcendo imensamente pela implantação imediata das famigeradas PPPs.
Isto é algo que precisa ser investigado com bastante seriedade, pois paralelo a esta adutora, corre a Adutora do Alto Sertão, confeccionada totalmente em ferro fundido e que pouco se tem noticia de alguma ruptura ou vazamento, a não ser quando sofre algum ato criminoso por parte de alguém da região.
Por que se construiu a Adutora do Semiárido em fibra de vidro? Quem deu o aval e cadê o relatório técnico? A pequena economia feita no ato da escolha do material a ser empregado se justifica, tamanho a quantidade de rupturas que vem acontecendo? O SINDISAN, junto com toda a sociedade sergipana, quer saber da verdade.