A manipulação do governo Bolsonaro para desmontar os serviços públicos no Brasil
A equipe econômica do governo Jair Bolsonaro (PSL), liderada pelo banqueiro Paulo Guedes, iniciou há dez meses uma cruzada contra os servidores públicos federais. Usando como justificativa a crise econômica, eles dizem que precisam cortar gastos e para isso apresentam propostas como a da Reforma Administrativa do Serviço Público, que contempla o fim da estabilidade para novos concursados e novas regras de estágio probatório dos servidores.
A tática do governo é induzir a sociedade a acreditar que o problema da piora na qualidade dos serviços públicos prestados no país é da categoria profissional, e não a falta de investimentos, congelados por 20 anos desde a aprovação da PEC dos Gastos, os equipamentos velhos e danificados e a falta de condições de trabalho, analisa o Coordenador-Geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Pernambuco – Sindsep-PE, José Carlos Oliveira.
Para ele, o governo manipula a opinião pública apontando o dedo para o servidor ao mesmo tempo em que apresenta propostas de corte de gastos como a reforma administrativa. A solução mágica começa com o desmonte serviço público, o que facilita o processo de privatização, tirando a responsabilidade do estado, ou seja, eliminando as necessidades básicas do povo definitivamente do Orçamento da União.
Na lógica manipulada pelo governo a saída não é investir, é reduzir os custos da administração de pessoal e preparar o processo de privatização inclusive de áreas essenciais como saúde, educação e saneamento básico, entre outras áreas fundamentais para a melhora da qualidade de vida da população, afirma José Carlos, que aponta a contradição dos argumentos: “O governo tem instrumento de alta qualidade quando se trata da máquina de arrecadação de impostos, mas quando se trata da máquina que presta serviços, a tecnologia é das piores possíveis”.
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