Acidente na R-0 expõe precariedade das condições nas estações da DESO
Após 32 anos de inaugurada, a Estação R-0 (João Ednaldo), a maior e mais importante do Estado, se encontra no total abandonada, sucateada e corroída pelo tempo. Com uma ampliação que nunca tem fim, paralisações operacionais constantes por diversos motivos, aliados à falta de interesse e compromisso dos gestores com o dinheiro público e a segurança dos trabalhadores, nos diversos governos que passaram e no que está no comando, a Estação R-0 agoniza.
Todo esse descaso vem criando um ambiente propício a graves acidentes de trabalho, como de fato ocorreu na última quarta-feira, 27/2, quando um companheiro por pouco não perdeu a vida. Ao tentar efetuar a descarga nos filtros, uma travessa do piso corroída pelo cloro e pela ferrugem se rompeu (confira na foto ao lado). Não fosse um cano atravessado e o companheiro fatalmente teria caído na calha-apache e teria sido arrastado, perdendo sua vida.
Casos como este poderiam ser evitados caso aqueles que comandam a empresa procurassem solucionar os problemas que o sindicato aponta rotineiramente aqui no Água Quente, e que não existem só na R-0, mas em quase todas as estações da DESO. A falta de iluminação e a precariedade nos ambientes de trabalho fazem com que as estações se transformem em verdadeiras armadilhas para os trabalhadores.
No caso do colega acidentado na R-0, o operador de rádio chamou de imediato o SAMU local, que infelizmente não pode fazer o resgate do trabalhador acidentado por motivos extraordinários. Foi então preciso chamar o Corpo de Bombeiros, que concluiu o atendimento e o companheiro está se recuperando.