Na tarde da última quinta-feira, 6/9, um grave acidente vitimou mais um companheiro da DESO. Desta vez, de moto. O Auxiliar de Execução Derisson Garcia dos Santos, de 34 anos, estava dirigindo uma moto da empresa com um reboque (tipo carrocinha) sobrecarregada de cascalho. Por conta do peso, acabou perdendo o controle do veículo, vindo a cair. Infelizmente, ele não resistiu à queda, em parte, por não estar utilizando o capacete, e morreu no local.

Mas o acidente serve a muitos companheiros do interior como alerta, já que a prática vem se tornando corriqueira. É bom lembrar que Derisson, pela função que exercia, não poderia estar conduzindo qualquer tipo de veículo a serviço da DESO, já que a norma da empresa não permite que auxiliares de Execução, mesmo que habilitados, dirijam.

Além disso, fica muito claro, pela natureza do acidente, que o transporte tipo carrocinha, em moto, é completamente inadequado, fugindo até mesmo às normas do Contran. O correto seria que o companheiro estivesse na boleia de uma picape, com condutor habilitado dirigindo e todo e qualquer material na caçamba do veículo.

E o pior é que fatos como este – e até mais graves –, de transporte inadequado de trabalhadores para serviços diversos, levando alavancas, pás, picaretas, canos e outros objetos presos ao corpo e dirigindo moto, são corriqueiros.

A empresa precisa orientar as chefias no interior a buscarem preservar, em primeiro lugar, a vida dos trabalhadores, observando e cumprindo com as normas de segurança e de trânsito. Se isto ocorresse de fato, certamente o companheiro Derisson estaria vivo hoje.

Derisson era morador da Pista do Açu, no povoado Colônia Treze, em Lagarto, e trabalhava na DESO desde junho de 2006. Ele deixa esposa e duas filhas, uma de 5 e outra de 2 anos.
Toda a nossa solidariedade à família do companheiro.