Companheiros do interior enfrentam a desigualdade e a falta de segurança
É extremamente desigual o tratamento que a DESO, através de alguns de seus diretores, dispensam aos operadores de Estação de Tratamento de Água ou mesmo de Bombeamento, localizadas no interior do estado. Só para ilustrar essa desigualdade, enquanto na Capital algumas unidades contam com ar-condicionado, geladeira, fogão, lâmpadas, gás de cozinha, café, leite, açúcar, papel higiênico etc., tudo fornecido pela DESO, no interior do estado, com raríssimas exceções, todos esses itens não chegam para os trabalhadores, que têm que tirar do bolso, na base da “vaquinha” entre todos os operadores, para comprar.
E não é só isso! Existem locais em que os próprios operadores pagaram a profissionais ou os próprios levantaram paredes e puseram portas na unidade em que trabalham, visando, com isso, aumentar a sensação de segurança para todos que ali permanecem, geralmente em turnos de 24 Horas, já que essa segurança não é oferecida pela Companhia. Já denunciamos, aqui no Água Quente, os vários atos de violências sofridos por companheiros do interior, assaltados e atacados por meliantes, nas unidades da DESO.
O SINDISAN já apontou aqui dezenas dessas unidades sem segurança, mas parece que para a alta cúpula da DESO isto é muito pouco, algo de muito mais grave deve acontecer para que se inicie reformulação total nesta ótica perversa e excludente.
Alguns diretores encaram essa situação deprimente por que passam alguns de nossos colegas do interior como algo banal. Talvez o único erro que esses colegas tenham cometido foi optar por residir e trabalhar em algumas depauperadas unidades interioranas da DESO.
Embora saibamos que foram iniciadas obras em algumas unidades, elas andam a passos de tartaruga. Com isso, o processo de deterioração das unidades da DESO é muito mais avançado que a recuperação dessas unidades, justamente porque as obras não andam.