O SINDISAN recebe, constantemente, em sua sede a visita de vários companheiros de empresas terceirizadas que prestam algum tipo de serviço para a DESO, e todos eles queixando-se no atraso do pagamento de seus salários por parte de suas respectivas empresas.

O sindicato procurou saber o que de fato estava acontecendo e o que poderia ser feito para que situações constrangedoras como essas não acontecessem mais; porém, as versões repassadas por alguns funcionários terceirizados dizem que os atrasos só ocorrem porque a DESO vem, ela própria, atrasando, mês após mês, os pagamentos de diversas faturas dos seus prestadores de serviços.

Sabemos que este fato por si só não justifica a falta de pagamento dos salários dos terceirizados, pois na hora da admissão de seus funcionários, não foi condicionado o recebimento do referido salário mediante o recebimento do pagamento da fatura da contratante, no caso, a DESO.

A lei diz claramente que toda empresa terceirizada deve prover o pagamento dos seus funcionários, independentemente do recebimento ou não de qualquer verba por parte da sua contratante; ou seja, a empresa deve ter fluxo de caixa para tal. Na prática, no entanto, não vemos nada disso.

A DESO, por sua vez, deve atentar para que fatos dessa natureza não aconteçam na sua carteira de empresas terceirizadas, pois como fiel solidária contratante, cabe a ela fazer a fiscalização mensal no tocante ao pagamento de salários, FGTS, Previdência, certidões negativas de débito e muito mais. Só assim se deve liberar as suas devidas faturas. E claro, não deixar de pagar as faturas  das terceirizadas por mais de três meses.

Somos solidários aos companheiros das terceirizadas LOC – nossa conhecida sonegadora de direitos dos seus trabalhadores; Franca – empresa de vigilância que vem atrasando salários; Embrapes – que vem atrasando a muitos meses os salários e deixando os seus funcionários sem o direito do gozo de férias anuais.

Somente os fiscais da DESO destes contratos não observam essas ocorrências. Algo precisa ser feito urgentemente! Esses companheiros e companheiras são também pais e mães de família; portanto, merecem todo o nosso respeito e consideração. O SINDISAN está acompanhando esses casos.