Denúncias repercutem na imprensa e na base
Foi grande a repercussão do último boletim Água Quente com a matéria sobre a situação em que se encontra a Regional do Sertão, tanto na base quanto na imprensa. Vários jornais e emissoras de rádio procuraram a direção do Sindisan para saber mais detalhes sobre as denúncias.
Alguns companheiros também procuraram o Sindicato para questionar as denúncias. Em um dos questionamentos, disseram que o contrato das camionetes foi feito para veículos de cabine simples. Se assim for, o contrato foi feito de forma equivocada, porque uma equipe de manutenção de rede de água é formada geralmente com três trabalhadores e mais o motorista. Se a cabine não é dupla, os trabalhadores vão onde? Na carroceria? Está errado! Fere inclusive a legislação de trânsito, que proíbe o transporte de pessoas em carrocerias.
Outro questionamento feito às denúncias diz que a ETA não ficou 30 dias operando sem produtos químicos, pois o relatório do Laboratório Central da Deso só consta um dia sem cloro. Todos que trabalham em ETAs sabem que há uma determinação caso não se tenha produtos químicos para as operações, principalmente o cloro: a estação tem que parar. Se o relatório apresenta um dia sem cloro, esse único dia já justifica a denúncia feita pelo Sindisan.
Queremos deixar bem claro que o Sindicato, com essas denúncias, não quer a punição de nenhum trabalhador, mas queremos mostrar para a direção da Deso que é preciso prestar um serviço de qualidade à população todos os dias. Infelizmente, a qualidade no serviço vem piorando dia após dia, e não por culpa dos trabalhadores da Deso, mas da falta de material, condições de trabalho e da falta de compromisso da direção da empresa.
Como nós, trabalhadores da Deso, podemos prestar um serviço de qualidade se a empresa não oferece as mínimas condições necessárias para que exerçamos as nossas atividades satisfatoriamente. Faltam produtos químicos, EPIs, fardas são de péssima qualidade, nos escritórios falta o básico do básico para fazer ligações de água (registros, cola, hidrômetros etc.), muitas das estações de bombeamento e ETAs com risco até de desabarem, por problemas estruturais, colocando em risco a vida dos trabalhadores nessas unidades, sem falar na falta de iluminação, de vigilância e dos riscos de acidentes.
Vamos continuar atentos e, quando preciso for, denunciando todas as mazelas e problemas, porque este é o nosso papel, na defesa da categoria e da sociedade.