Desafios para a organização dos(as) urbanitários foi tema debatido na Plenária Estatutária da FNU
Na última terça-feira (5), a Federação Nacional dos Urbanitárias (FNU) realizou a Plenária Estatutária Anual – Direitos, Trabalho e Dignidade – em sua sede no Rio de Janeiro, com a presença de dezenas de dirigentes de seus sindicatos filiados e convidados, entre os quais os representantes das Federações Regionais e da CUT Nacional.
O presidente da FNU, Pedro Damásio, em sua fala de abertura, ressaltou a importância da atividade.
“É fundamental, nesse momento, o debate interno, discutir os rumos do nosso ramo, que enfrenta os processos de privatização. E a organização das nossas entidades é muito importante. Vamos ampliar as discussões sobre a transição para a CNU nessa Plenária”, disse.
Na mesa de abertura, composta por Pedro Damásio (presidente da FNU), Paulo de Tarso (presidente da CNU), Esteliano Neto (presidente da Fruse), João Maria (presidente da Furcen), Marcelo Fiorio (Executiva da CUT Nacional), Iara Nascimento (Secretária-Geral da FNU e dirigente do SINDISAN), e Julia Margarida Andrade do Espírito Santo, (Secretária de Energia da Frune), os dirigentes falaram sobre os desafios para organização dos(as) urbanitários(as) e da sociedade nos setores de energia elétrica, saneamento, gás natural e meio ambiente.
A plenária, que transcorreu pelo dia inteiro, contou com as apresentações dos secretários de Finanças (Arilson Wunsch), Secretaria-Geral (Iara Nascimento), Comunicação (Lucas Tonaco), Saneamento (Fábio Giori) e Combate ao Racismo (Antonio Domingos Saldanha), sobre os relatos das ações de suas pastas. A Plenária também deu espaço para o debate da aposentadoria especial dos eletricitários. O secretário-geral da CNU, Elvio Vargas, explicou o andamento do projeto de lei no Congresso sobre o tema.
Análise de Conjuntura
Na mesa “Análise de Conjuntura”, Marcelo Fiori (Executiva CUT Nacional), Fabíola Antezana (vice-presidente de Energia da CNU) e Fábio Giori (Secretário de Saneamento da FNU), abordaram o cenário político nacional, as questões ligadas ao sindicalismo e a luta do ramo no enfrentamento as privatizações do setor elétrico e do saneamento.
Fabíola Antezana afirmou que a luta pela reestatização continua firme.
“Nós apostamos na mobilização em duas frentes, pelo controle acionário da Eletrobras pelo governo e também na busca da reestatização da empresa. Temos alertado as autoridades que o momento é grave, com risco de apagão, pois falta mão de obra especializada, muitos foram demitidos”, alertou.
O Secretário de Saneamento da FNU, Fábio Giori, falou sobre a importância de se internacionalizar a luta em defesa do setor.
“O Brasil está na contramão do mundo, privatizando tudo. Vamos participar em outubro do 31º Congresso da ISP, em Genebra, um dos objetivos é buscar contato com os demais países para criar, quem sabe, uma frente em defesa do saneamento público”, anunciou.
Ao final, o presidente da FNU, Pedro Damásio, agradeceu a participação de todas e de todos.
“Nós sabemos que não está fácil para as entidades participarem das atividades em função dos custos. Por isso, quero agradecer o esforço dos delegados e delegadas, e dos presidentes das federações regionais, que tomaram decisões importantes para o futuro da nossa federação”, finalizou ele.
(Com informações do site da FNU/CNU)