A DESO tem tomado as manchetes dos jornais, rádios e mídias sociais nos últimos tempos, sempre da pior forma: através de notícias negativas. Recentemente, em Pinhão, os constantes cortes no abastecimento de água revoltou a população local, que resolveu atear fogo no escritório da DESO na cidade. Foi um prato cheio para a imprensa! Isso é extremamente ruim para uma empresa pública que leva vida e saúde para 90% da população sergipana.

Em reuniões com a direção da Companhia, o SINDISAN sempre vem alertado para as difíceis condições de trabalho em muitas unidades, com os trabalhadores lidando diariamente com a falta de segurança, falta de EPI’s e outros equipamentos, entre inúmeros outros problemas; como também a falta de condições estruturais das unidades Operacionais e Comerciais.

A direção do Sindicato conhece bem essa realidade porque roda os quatro cantos do estado, visitando as unidades e dialogando com a base; assim como ouve as reclamações da população quanto aos serviços prestados pela DESO, o que não é novidade para ninguém, pois nas rádios e outros meios de comunicação, o que não falta é gente reclamando da Companhia.

Mas mesmo com todas essas informações, para a direção da DESO parece estar tudo dentro da normalidade. E quem recebe as pancadas são os trabalhadores no seu dia a dia, chegando, em alguns lugares, a sofrerem ameaças de espancamentos e até ameaças de morte, como já registramos.

Até quando isso vai persistir? Na atual conjuntura, em que as companhias públicas de saneamento estão na mira dos privatistas, é preciso muito esforço para superar as adversidades e prestar serviços de excelência à população, a fim de evitar reclamações, revoltas e as notícias negativas que só ajudam queimar a imagem da empresa.

No frigir dos ovos, o que se observa é que falta planejamento a médio e longo prazos. A DESO virou uma empresa do curto prazo. As diretorias Operacional e Comercial precisam criar em suas gerências células de planejamento com metas e resultados a serem atingidos. A direção da DESO tem como fazer reuniões mensais nas regionais para coletar os resultados dos serviços prestados à população e estabelecer metas a serem alcançadas. É mais que necessário um choque de gestão. Isso é urgente!

É preciso o esforço de todos os trabalhadores e dos gestores da Companhia para fazer chegar à população, nos quatro cantos do estado, serviços de qualidade. É isso que vai garantir sucesso à Companhia e, como consequência, o emprego de todos os trabalhadores e o futuro das suas famílias. Não podemos permitir que esse patrimônio do povo de Sergipe, a maior empresa pública do Estado, seja entregue às multinacionais.