Governo do Estado deixa de investir na DESO e problemas se agravam
O SINDISAN sempre alertou – e continuará alertando – a direção da DESO sobre os inúmeros problemas que verificamos em muitas cidades do interior, nas ETA’s, escritórios e captações. E, sabemos, muitos desses problemas, que prejudicam o fornecimento de água com qualidade à população, se dão pela falta de compromisso dos sucessivos governos que passaram e deste, que agora está no comando do Estado.
É muito fácil colocar a culpa nos trabalhadores da DESO quando a Companhia não consegue oferecer um bom serviço à população, mas o seu acionista majoritário, e é bom que as pessoas saibam, é o Governo do Estado, que por anos seguidos vem deixando de investir na DESO – mais parece de forma proposital, a fim de justificar uma possível privatização da Companhia –, comprometendo os serviços e prejudicando o fornecimento de água, muitas vezes por deixar de oferecer as condições para que os trabalhadores executem as suas tarefas.
Vejam o caso da cidade de Divina Pastora, onde a população vem sofrendo com a falta de água. Há anos que o Sindicato vem denunciando a falta de investimentos naquela cidade, bem como o abandono do pouco que existe. E, como é de praxe, a direção da DESO e o Governo Jackson não tomaram providência, ao longo dos anos, a fim de resolver ou amenizar a situação.
O cenário do escritório e da captação da DESO em Divina Pastora é surreal. A foto que ilustra esta matéria já fala por si. Mais parece cenário de filme de terror. E o pior, por falta de investimentos do Governo do Estado, a cidade não possui Estação de Tratamento nem reservatório de água – o que existia foi demolido e nenhum outro foi construído em seu lugar.
E essa inércia (proposital) do Governo Jackson com relação ao fornecimento de água se repete em vários municípios. Portanto, não aceitamos que essa conta recaia nas costas dos trabalhadores, que é quem recebe a maior parte das críticas. Vamos continuar cobrando, deste e de qualquer governo, mais investimentos na DESO e melhores condições de trabalho.