Nas unidades da DESO, condições de trabalho são cada vez piores
Depois de várias visitas e de várias denúncias feitas no ÁGUA QUENTE sobre as péssimas condições de trabalho nas unidades da DESO no interior e na capital, tudo continua na mesma, ou até pior. Senão vejamos a situação em algumas unidades:
Escritórios do interior: muitos já estão fechados, como os de Riachão, Salgado, Brejo Grande e outros que estão funcionando precariamente – um ou dois dias na semana. Na maioria desses escritórios falta papel, impressoras, computadores, material de limpeza, material para fazer ligação de água e tirar vazamentos. Os companheiros, para não ficarem parados, compram material do próprio bolso. Temos até a informação de que alguns chefes estão colocando horas-extras e diárias nos contracheques dos companheiros para poderem comprar alguns materiais para realizar o atendimento mínimo necessário.
Distritos de Operações da Capital: viaturas paradas por falta de manutenção, faltam materiais básicos, como luvas 50/60, lâminas de serra, pá e cabo de pá, picaretas e cabo de picareta, fardas etc. Como unidades tão importantes para execução dos serviços da DESO estão nessa situação? Quem são os responsáveis por este caos nessas unidades?
Unidades de Esgoto: trabalhando em ambientes insalubres, falta até mesmo álcool gel para que os trabalhadores possam fazer a desinfecção após executarem os seus serviços. Isso coloca em risco a saúde dos companheiros!
Estações de Tratamento e de Bombeamento: iluminação precária, mato tomando conta, falta de segurança. Além dessa situação, na maioria faltam reagentes químicos para fazer a análise da água. Como se pode analisar as condições da água que é servida à população se a DESO não oferece as condições mínimas necessárias para isso?
Almoxarifado Central: detectamos que as prateleiras estão praticamente vazias e alguns materiais estão armazenados a céu aberto, comprometendo a sua durabilidade. Temos a informação de que vários materiais não estão chegando porque a DESO não tem feito os pagamentos aos seus fornecedores.
Diante disso tudo, fica um pergunta que não quer calar: por que a nossa companhia, que é um patrimônio de todos sergipanos, chegou a esta situação? Será que querem afundar a DESO para justificar a entrada das Parcerias Público-Privadas (PPPs) – uma nova forma de privatização do patrimônio público -, que estão vindo a galope e que já têm fincado as suas garras em outros estados do país?
Nas unidades da DESO, condições
de trabalho são cada vez piores