Operadores da ETA Neópolis submetidos a condições de trabalho degradantes
Os operadores da ETA de Neópolis estão submetidos a condições de trabalho desprovidas de higiene, saúde e segurança. Muitas vezes, eles têm que improvisar, porque o local é muito quente, sem iluminação e sem acomodações devidas; além do que, os equipamentos não têm condições de executar com precisão as análises, e muito mais.
E ainda existe chefe na Regional Norte que insiste em cobrar de seus funcionários uma organização no que se trata de guardar seus pertences, quando na verdade esse mesmo chefe nunca se preocupou em solicitar da DESO armários de aço, com seus devidos cadeados, para os trabalhadores. Há algo que se parece com armários, mas foi comprado pelos próprios operadores.
No tocante à segurança, a situação beira o ridículo. A própria ETA não dispõe de exaustores; o cilindro de cloro fica solto no meio da sala; as lâmpadas, quando existem, queimam quase que semanalmente devido a precariedade da fiação elétrica; o telhado está totalmente esburacado, provocando vários vazamentos em época de chuvas; a rampa de acesso a ETA é de uma inclinação tão acentuada que faz com que o operador se arrebente junto com a sua coluna, quando da necessidade de efetuar a troca do cilindro de cloro gasoso.
Como vimos, existem muitas coisas para serem melhoradas e o tal chefe, que só é atento a”picuinhas”, vem querer cobrar perfeição dos funcionários quando esse mesmo chefe mal comparece nas estações de tratamento de água.
Outro fato agravante: o único banheiro masculino existente para o operador fazer a sua higiene pessoal está localizado exatamente dentro do recinto onde funciona os cloradores. Se, porventura, uma conexão se romper justamente na hora do banho do operador, fatalmente uma tragédia irá acontecer.
Na área de atendimento ao público, um aparelho de ar-condicionado novinho estava mofando, sem nunca ter funcionado. Agora, acharam de levar o mesmo para a Sede, sem previsão de retorno. Pelo que conhecemos, esse “retorno” é pra nunca mais.
Depois de apontarmos tantas irregularidades em um mesmo local, é duro vermos tanta falta de sensatez por parte de um chefe que se mostra totalmente ausente e alheio as coisas relacionadas ao serviço no seu setor.
É bom lembrar a esse chefe que, em Neópolis, existe ainda uma grande quantidade de ruas que ainda não possuem rede de distribuição de água; que a falta de água é quase que diária por conta do sucateamento dos equipamentos; que funcionários às vezes compram tecidos para confeccionar as suas próprias fardas para poderem trabalhar; que falta conexões e registros para efetuar uma ligação de água; que existe funcionários que compram as botas de PVC do próprio bolso para poder trabalhar; que existem carros à disposição de um ou outro, de domingo a domingo, e isto é proibido pelo Setor de Transporte – para evitar isso, a DESO paga diárias para esse fim juntamente com as horas extras.
Tantas mazelas sobre os olhos deste chefe e ele vem atormentar e ameaçar funcionários por questões simples. Recomendamos a esse ultrapassado e inoperante chefe uma total reciclagem em seus conceitos de administração e não espere que a sua eterna subserviência com os chefes da Sede o perpetuem em funções de comandos. Quem hoje está por cima pode cair, e amanhã, pode estar por baixo.