Plano da Deso é privatista: querem entregar mais da metade da empresa às empreiteiras
Com tal intenção, não é difícil projetar o que vai acontecer num futuro bem próximo na medida em que os atuais contratos de trabalho forem rescindidos, seja por aposentadoria, PDV, ou morte… Sem dúvida, serão contratadas empreiteiras para dar continuidade aos serviços, o que representa a privatização de mais da metade da Deso via terceirização.
Casuísmo – com a criação de uma nova tabela salarial, o modelo também mostra seu lado casuísta, pois os empregados que tiverem salários acima do último nível da tabela serão presenteados com uma política salarial própria. Segundo o documento, estes ficaram no último nível e a diferença será garantido a correção anual pelo INPC. Trata-se de um prêmio para aqueles que incorporaram gratificações, como as que ocorreram no apagar das luzes do governo passado.
Economia e ataques às conquistas – Segundo o documento, o custo com o enquadramento dos empregados será de 2,53% da folha nominal, mas na verdade representa uma economia de R$ 519.952,13, o que representa 23,55% da folha nominal. Economia obtida com a retirada de conquistas históricas. Conforme o documento, a Deso quer aumentar as gratificações, destinando para isso o montante de R$ 41.200,42.
Para completar, a tabela salarial apresentada estica ainda mais para os cargos de nível superior e em nada fala sobre a dívida que a Deso tem com o pessoal das Classes Salariais de 1 a 9 – Revisão do PCCS (segunda etapa), apesar de a atual direção ter encaminhado no início dessa gestão, se comprometendo a estender turno corrido de seis horas para os novos contratados e de revisar o PCCS para o pessoal das classes salariais de 1 a 5, ficando o pessoal das classes de 6 a 9 para o ano seguinte, e depois, recuou e até diz que essa proposta nunca existiu; no entanto, temos a proposta nos arquivos do Sindicato devidamente assinada.
Enfim, os argumentos apresentados, como a de buscar a modernização da gestão, agilidade e de adequação ao mercado, são os mesmos argumentos que já foram utilizados pelo ex-presidente Collor para justificar a implementação das políticas neoliberais no Brasil, e pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para justificar o programa de privatização.
Como a Deso não prima pela transparência, colocamos à disposição todo o conteúdo do documento na nossa página na Internet (www.sindisan.org.br).
O Sindisan já acionou a assessoria jurídica do sindicato para tomar todas as providencias necessárias para combater mais esses ataques aos trabalhadores.