Um verdadeiro crime está sendo cometido há quase um mês pela Diretoria do SAAE de São Cristóvão. Diversas denúncias pipocam todos dias no SINDISAN sobre a eterna crise  em que se encontra a administração da cidade de São Cristovão, que por falta de recursos – ou talvez por falta de compromisso com a sociedade local –, agora impõe a população da parte histórica da cidade fazer uso do insubstituível líquido, que é a água, de forma praticamente in natura, ou seja, sem passar por qualquer tipo de tratamento químico, como determina o Ministério da Saúde.

Lamentamos muito e denunciaremos em todas as esferas necessárias este crime, pois atos irresponsáveis como esse não podem e nem devem ficar impunes. A saúde da população não pode ser posta em risco por administradores inconsequentes e despreparados para assumirem postos de tamanha importância para a sociedade, como é o caso do serviço de fornecimento de água.

O sucateamento do sistema de tratamento e distribuição de água de São Cristóvão é algo tão crítico e tão fácil de ser observado, que qualquer leigo no assunto pode perceber ao passar perto de qualquer das estações de tratamento. Mas daí a deixar faltarem produtos químicos por mais de uma quinzena seguida, beira as raias de um absurdo inimaginável.

Exigimos providências urgentes, e que atos desta natureza jamais voltem a acontecer. A população merece todo o respeito. Senhores gestores, parem de brincar de administradores do bem público!

E TEM MAIS

No dia 17/10, populares procuraram alguns trabalhadores do SAAE de São Cristóvão e informaram que tinha um vazamento em uma das ruas. Os trabalhadores então foram buscar o carro que se encontrava na casa do diretor-operacional. Lá chegando, os mesmos informaram o ocorrido e solicitaram ao diretor-operacional o carro que dormia em sua casa para que pudessem consertar o cano geral e que a cidade estava sem água.

O diretor olhou para os trabalhadores e disse que não ia dar o carro, porque o mesmo tinha sido locado para a disposição dele. Enquanto isso, a população sofria com a falta de água. Horas depois, um secretário ligou para ele foi com outro carro encontrar os trabalhadores. Quem fez isso foi o diretor-operacional.

Como perguntar não ofende, quem liberou esse carro para esse rapaz? Enquanto isso, os trabalhadores de campo têm de trabalhar a pé ou numa moto carregando duas pessoas, pás e picaretas, arriscando assim suas vidas. Segundo informações, o carro é sempre visto nas ruas fora do horários de expediente. É bom lembrar que deve ser colocado nas portas do carro um adesivo com o nome da autarquia e identificando “para uso exclusivo em serviço”. Comentam ainda que o mesmo não tem habilitação para dirigir veículos e que o mesmo já foi exonerado.

Ha informações, é que o ex-diretor-geral do SAAE, exonerado recentemente, ao sair levou documentações do SAAE para tirar cópia, e dizem que a documentação ainda não foi devolvida. Outra informação é de que o SAAE locou três carros, mas só se encontra um na autarquia, e é o que se encontra com o direto-operacional. Pode?

Enquanto carros são locados, os trabalhadores continuam sem reajuste salarial, desde 2011. O dinheiro do SAAE dá para tudo, menos para reajustar os trabalhadores. Segundo o ex-diretor-presidente, ele demitiu 22 trabalhadores.