Com a crise de água instalada na Capital devido à queda da ponte que sustentava a tubulação da Adutora do São Francisco sobre o Rio Sergipe, fato ocorrido no dia 09/05, a DESO, para manter o fornecimento regular do precioso e insubstituível líquido, como uma das alternativas para atenuar a queda da oferta de água bruta no sistema teve que voltar a operacionalizar, em regime de emergência, uma captação que se encontrava desativada: a que chamamos de Poxim 2.

Até aí tudo bem. Muito louvável e estritamente necessária essa ação para suprir as necessidades impostas pela situação emergencial. Fato inclusive bastante elogiado pela Imprensa do estado e também por parte da população, que reconheceu o esforço empreendido pela Companhia.

Pois bem, passados três meses do ocorrido, a DESO, que no momento de urgência e como paliativo alugou um container e um banheiro químico (foto à direita) para que seus operadores – quatro no total, em regime de revezamento, e mais três vigilantes, também em revezamento, sendo dois no turno da noite – tivessem onde ficar abrigados e também fazer as suas necessidades fisiológicas.

Agora parece que tudo se tornou definitivo, pois até não temos informação nenhuma por parte da DESO sobre até quando se estenderia essa situação. Sabemos, como mostra a foto abaixo, que na área já existe uma estrutura de alvenaria pronta para abrigar os operadores, embora esteja bastante deteriorada pelo tempo e pelos vândalos.

Sabemos que não se gastaria tanto para deixá-la em boas condições de uso. Enquanto isso, pagam-se valores consideráveis por esses aluguéis, que segundo nos informaram, o custo total já beira a casa dos 30 mil reais.

Acreditamos que, com esse valor, já daria para pensar em construir algo de forma definitiva, com toda estrutura que se deve oferecer a qualquer ser humano. Passados 90 dias e a população recebendo água normalmente em suas casas, parece que já é tempo suficiente para que a DESO entenda que tudo já foi resolvido de forma definitiva. Devemos repensar aquela situação de improviso. É preciso que seja feito algo mais.