Rompimento de adutora reforça denúncias feitas pelo SINDISAN

O fatídico rompimento (mais um) da Adutora do São Francisco, no trecho que passa por Capela, e que deixou a população da Grande Aracaju sem fornecimento de água por quase uma semana, é mais uma capítulo da novela que se arrasta há algumas décadas, na qual governos que passam, somando-se ao atual, simplesmente negligenciaram uma tarefa necessária em quaisquer obras de grande volume e que são vitais para a população, como é o caso de uma adutora: a manutenção permanente e preventiva.

Não é de hoje que o SINDISAN denuncia, em matérias no seu site e no boletim Água Quente, o desmonte da equipe de manutenção preventiva que havia na DESO e que percorria todos os dias os trechos das adutoras, avaliando as estruturas, corrigindo os problemas antes que eles piorassem e ocasionassem rompimentos. Localizamos em nosso site várias matérias sobre esse assunto desde 2015 e que podem ser averiguadas por quem quiser.

O trabalho dessa equipe era fundamental e foi descontinuado com a justificativa de que era dispendioso mantê-la permanentemente. Dispendioso? Evitar rompimentos e desabastecimento generalizado seria dispendioso? Só na cabeça de gestor que gosta de fazer “economia de palito” para agradar a chefia. Esperamos que, após mais essa dolorosa experiência com o rompimento de uma adutora importante, a DESO possa rever essa decisão e reativar essa equipe.

Outra denúncia que o SINDISAN vem fazendo reiteradamente é a não utilização da parte dos recursos provenientes da outorga da concessão à Iguá que já entraram nos cofres da DESO, cerca de R$ 360 milhões, e que simplesmente estão “parados” em uma conta correndo juros, quando já deveriam ser aplicados em melhorias na infraestrutura da empresa para ampliar a oferta de água tratada.

Como “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, tivemos a informação que só agora a DESO começa a realizar obras neste sentido (leia aqui). Antes tarde do que nunca!

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