Senado aprova reforma da Previdência de Paulo Guedes, discípulo de Pinochet
Após rápida aprovação do texto da “reforma” da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça, o plenário do Senado Federal aprovou na terça-feira, dia 22, em segundo turno, por 60 votos a 19, a Proposta de Emenda à Constituição 6/201.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da PEC, pediu ao plenário para rejeitar quatro emendas individuais, de Pros, PT, PDT e Rede, que serão apreciadas em seguida. Ele destacou que a proposta não foi consensual e que o projeto “não é perfeito, mas é o melhor possível”.
A PEC foi concebida sob orientação do ministro da Economia, Paulo Guedes, que, segundo a oposição, é inspirado pelo ditador chileno Augusto Pinochet.
“Está aí o exemplo do Chile, a inspiração de Paulo Guedes, verdugo do povo pobre brasileiro, esse discípulo de Pinochet, que quer aqui no Brasil aquilo que foi feito lá e está fazendo aquele país viver um ambiente de incerteza e crise social”, disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).
Um dos principais pilares e inspiração do texto da reforma, a capitalização, como a implementada no Chile a partir da era Pinochet, foi retirada da proposta na Câmara. Mas a oposição acredita que novas investidas serão feitas para tentar trazer a ideia novamente ao debate no Legislativo e literalmente privatizar o sistema previdenciário brasileiro.
Senadores sergipanos
Os senadores de Sergipe Alessandro Vieira (Cidadania) e Maria do Carmo (DEM) votaram contra os trabalhadores, a favor da reforma que vai aumentar o empobrecimento da população, com aumento do tempo de trabalho e redução do valor da aposentadoria. Rogério Carvalho (PT) foi o único que votou contra a reforma e a favor dos trabalhadores.